Arthur Müller, meteorologista do Canal Rural, forneceu uma análise detalhada das condições climáticas esperadas para as próximas semanas no Brasil, com foco particular nas implicações para a agropecuária. A previsão, veiculada no quadro “Giro do Tempo” do programa Giro do Boi, é essencial para produtores rurais e pecuaristas planejarem suas atividades. Confira o vídeo abaixo.
Em Mato Grosso, especialmente em Colíder, são esperadas chuvas até o final de abril, totalizando cerca de 60 mm, que não devem prejudicar os trabalhos em campo.
Entretanto, a partir de maio, prevê-se uma redução nas precipitações, com temperaturas que podem atingir máximas de 34°C.
Previsão de granizo e muitos ventos
No sul do país, particularmente no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, um sistema de baixa pressão sobre o Paraguai está produzindo condições instáveis, com possibilidade de granizo e rajadas de vento intensas.
Este fenômeno, conhecido como cavado, exige atenção dos produtores da região.
Condições climáticas no Brasil Central e Sudeste
O Brasil Central deve permanecer com tempo firme, influenciado pela zona de convergência intertropical, que também afeta o norte e o nordeste do país.
No Triângulo Mineiro, a tendência é de tempo firme nos próximos dias. Contudo, tanto o sudeste quanto o centro-oeste devem se preparar para uma onda de calor, com temperaturas podendo alcançar máximas de 35°C.
Essa elevação de temperatura pode causar estresse térmico em pastagens e confinamentos, impactando negativamente a pecuária.
Preocupações com a segunda safra de milho e outras culturas
O corte prematuro das chuvas este ano e o aumento nas temperaturas trazem preocupações particulares para os pecuaristas que investem em milho de segunda safra.
As condições climáticas adversas podem afetar negativamente o desenvolvimento das culturas, especialmente até o início de maio.
Chuvas e suas implicações nos trabalhos de campo
Nos próximos cinco dias, espera-se que chuvas intensas no leste do Pará e oeste do Rio Grande do Sul prejudiquem os trabalhos em campo, devido ao solo já bastante úmido.
Paradoxalmente, no nordeste, centro-norte de Mato Grosso e Rondônia, chuvas de 30 a 40 mm são bem-vindas para aumentar a umidade relativa do ar e aliviar o estresse térmico, beneficiando tanto o gado em confinamento quanto às lavouras em desenvolvimento.