O pecuarista Roberto Elisio, da Campanha Gaúcha, enfrenta um desafio preocupante com seu rebanho de gado Jersey, onde novilhas têm apresentado problemas reprodutivos significativos, incluindo abortos em cerca de cinco meses de gestação e dificuldades em emprenhar novamente. Dê o play no vídeo abaixo e confira as recomendações.
Apesar da repetição do protocolo de Inseminação Artificial por Tempo Fixo (IATF), os resultados desejados não foram alcançados, levando Roberto a buscar orientação especializada.
Conselho profissional para uma situação complexa
Guilherme Marquez, zootecnista e especialista em genética de gado de leite, ofereceu sua visão sobre a situação em uma resposta no “Giro do Boi”.
Ele propôs duas abordagens distintas: uma emocional e uma racional. Pela abordagem emocional, Marquez sugeriu reintroduzir a monta natural, utilizando um touro para verificar se o problema é específico da técnica de inseminação.
Já pela abordagem racional, mais dura mas prática, ele aconselhou a venda das vacas problemáticas para reinvestir em novilhas mais jovens e potencialmente mais funcionais.
Práticas reprodutivas e desafios do gado Jersey
Marquez destacou uma realidade importante na pecuária: embora a conexão com os animais seja valiosa, a funcionalidade e a produtividade devem prevalecer para a sustentabilidade do negócio.
Ele reconheceu que a decisão de descartar um animal pode ser emocionalmente difícil, mas enfatizou que, do ponto de vista de negócios, é crucial focar na lucratividade e viabilidade a longo prazo da fazenda.
Recomendações futuras com o gado Jersey
A situação de Roberto serve como um lembrete dos desafios intrínsecos à pecuária de gado Jersey, especialmente no que diz respeito às questões reprodutivas.
A adoção de ambas as abordagens sugeridas por Marquez – teste da monta natural e renovação do rebanho – pode oferecer insights valiosos e, potencialmente, soluções para esses problemas.
Ainda assim, cada estratégia deve ser considerada cuidadosamente, tendo em vista o bem-estar dos animais e a eficiência econômica da operação pecuária.
A decisão final caberá ao pecuarista, que deverá balancear suas expectativas emocionais com as demandas práticas e econômicas do seu negócio agropecuário.
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