Na busca pela excelência no confinamento, surge a constante dúvida: Nelore ou Cruzado? No episódio 7 da série “Gestão de Confinamento”. Assista ao vídeo abaixo e confira.
O quadro foi ao ar nesta sexta-feira, 1. O zootecnista e consultor Mauricio Scoton Igarasi, professor da Universidade do Agro de Uberaba (MG).
Ele esclareceu essa questão crucial que permeia as consultorias e salas de aula pecuaristas.
Diferenciando raças e qualidades genéticas
Antes de tudo, é essencial diferenciar não apenas as raças, mas também os tipos dentro de cada uma.
Tanto no cruzamento quanto no Nelore, encontramos animais de alto e baixo mérito genético.
Scoton destaca a importância de compreender a qualidade genética para uma análise precisa.
Desempenho no confinamento: proximidade surpreendente
Ao avaliar animais de cruzamento e Nelore de médio a alto mérito genético, observa-se uma proximidade surpreendente no desempenho no confinamento.
O professor ressaltou que as diferenças não são tão marcantes, enfatizando que o mérito genético é o verdadeiro impulsionador do sucesso no confinamento.
Cruzados F1: consumo elevado e alto desempenho
Scoton destacou o perfil do animal cruzado, especialmente o meio-sangue, conhecido como F1.
Esses animais têm um consumo elevado e demanda de mantença alta. Com alto desempenho e adaptabilidade ao cocho, enfrentam menos problemas nutricionais, resultando em ganho expressivo de peso.
No entanto, a eficiência biológica pode ser menor devido ao alto consumo.
Nelore: eficiência biológica e menor consumo
Contrapondo o cruzado, o Nelore apresenta um desempenho notável com um consumo menor.
Apesar do possível menor ganho médio diário (GMD) em comparação com o cruzamento, a eficiência biológica do Nelore é ressaltada.
Consumindo menos alimento para produzir uma arroba, o Nelore destaca-se pela eficiência na conversão alimentar.
Mérito genético: o fator determinante
Independentemente da escolha entre Nelore ou cruzado, Scoton enfatiza que o mérito genético é o fator determinante para o sucesso no confinamento.
Ajustar a dieta e o manejo é crucial, e o professor destacou que até animais de baixa qualidade genética podem ser adequados com planejamento nutricional e sanitário adequado.
Scoton respondeu à indagação se animais de baixa qualidade genética servem para o confinamento, destacando que, com ajustes precisos na dieta, tempo de confinamento e manejo, é possível obter resultados satisfatórios.
Planejamento nutricional e sanitário são a chave para o sucesso, independentemente do tipo de animal.