GESTÃO DE RESÍDUOS

Saiba como dar o destino certo a produtos veterinários e animais mortos

Confira os detalhes com a doutora em medicina veterinária Elma Polegato, presidente da Comissão de Saúde Ambiental do Conselho Regional de Medicina Veterinária de São Paulo (CRMV-SP)

Saiba como dar o destino certo a produtos veterinários e animais mortos
Saiba como dar o destino certo a produtos veterinários e animais mortos

A pecuária de corte no Brasil, além de seu papel fundamental na produção de carne, exige atenção especial no manejo de resíduos, desde produtos veterinários até animais mortos. Assista ao vídeo abaixo e confira os detalhes.

Essa prática se torna vital não apenas para a saúde humana, mas também para a preservação do meio ambiente.

Quem detalhou esse tema foi a doutora em medicina veterinária Elma Polegato, presidente da Comissão de Saúde Ambiental do Conselho Regional de Medicina Veterinária de São Paulo (CRMV-SP).

A complexidade dos resíduos de saúde animal

Os resíduos gerados nos serviços de saúde animal demandam cuidados específicos, dada a presença de componentes químicos, biológicos e radioativos.

O manejo inadequado desses elementos pode acarretar riscos significativos à saúde e ao ecossistema.

Nesse contexto, destaca-se a importância do Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde Animal Simplificado (PRGSSA).

Responsabilidade compartilhada: do produtor ao médico veterinário

Dra. Elma Polegato ressalta a responsabilidade compartilhada na gestão desses resíduos.

Produtores rurais, médicos veterinários e zootecnistas desempenham papel crucial na correta disposição dos resíduos, desde sua geração até a destinação final.

A Dra. Elma destaca a necessidade de orientação aos médicos veterinários sobre a classificação e o manuseio adequado dos resíduos.

A cartilha do PRGSSA visa simplificar e direcionar os profissionais na zona rural, garantindo o cumprimento das normas ambientais.

O que são resíduos?

Existem dois tipos principais:

  1. Classe I – Perigosos: Produtos que podem ser inflamáveis, corrosivos, tóxicos, ou seja, perigosos para a saúde e o meio ambiente. Exemplos: baterias, produtos químicos.
  2. Classe II – Não Perigosos: Resíduos que não são perigosos, como os que queimam, se decompõem naturalmente ou se dissolvem na água.

Além disso, há resíduos específicos:

  • Resíduo animal: Inclui animais mortos naturalmente, submetidos à eutanásia, ou encontrados em estradas.
  • Resíduo infectante: Tem agentes biológicos que podem ser prejudiciais à saúde e ao ambiente. Inclui resíduos de serviços de saúde animal, como medicamentos vencidos.

Lembre-se, descartar esses resíduos de maneira adequada é importante para proteger nossa saúde e o meio ambiente.

Destino adequado: além dos produtos veterinários

A problemática dos resíduos não se limita aos produtos veterinários; o descarte correto de animais mortos também é essencial.

O produtor rural, como responsável legal, deve adotar práticas ambientalmente sustentáveis, como a utilização de biodigestores e compostagem, evitando assim o impacto socioeconômico e sanitário.

O descarte inadequado de resíduos sólidos contribui para problemas ambientais, incluindo a emissão de gases de efeito estufa, como metano e dióxido de carbono.

Além disso, a Dra. Elma alertou para os impactos das mudanças climáticas na agropecuária, destacando a urgência de práticas sustentáveis.

Conscientização: um passo rumo à sustentabilidade

Diante desse cenário, é crucial conscientizar produtores e profissionais da pecuária de corte sobre a importância do gerenciamento responsável de resíduos.

A implementação efetiva do PRGSSA e a colaboração entre todos os envolvidos na cadeia produtiva são passos significativos em direção a uma agropecuária mais sustentável.