Confira as dicas que serão certeiras para a escolha do touro ideal para regiões de clima quente e com baixa umidade. Assista ao vídeo abaixo e confira os detalhes.
O produtor Rubens Saraiva Magalhães, de São José do Rio Preto, busca orientações sobre a escolha do touro bimestiço a ser colocado nas vacas F1 Senepol/Nelore, priorizando a adaptação ao clima quente e à baixa umidade da região.
A dúvida foi um dos destaques do quadro Giro do Boi Responde desta quarta-feira, 18. Para auxiliar nesse desafio, nosso especialista em raças, genética e cruzamentos, o zootecnista Alexandre Zadra, forneceu algumas opções e insights. Zadra é autor do blog “Crossbreeding”.
O especialista começa abordando a importância de considerar três aspectos cruciais ao lidar com cruzamentos.
Touro ideal deve gerar heterose ou vigor híbrido
Primeiramente, é essencial gerar heterose ou vigor híbrido, promovendo um choque de sangue ao cruzar raças diferentes. Em segundo lugar, ele ressalta a necessidade de que o animal escolhido seja adaptado ao clima em que será criado.
No caso de São José do Rio Preto, uma região com temperaturas elevadas, é fundamental que o touro possua pelo menos meio sangue de raças tropicais.
Isso garante que o animal seja tropicalizado, com pelo curto, liso e brilhante, o que facilita sua capacidade de pastar tanto em condições de calor quanto de frio.
Vacas meio sangue de raças europeias
Por outro lado, animais com mais de meio sangue de raças europeias, que têm dificuldades em pastar quando a temperatura ultrapassa os 24ºC a 25ºC, podem não ser ideais para esse clima.
Em seguida, Alexandre Zadra aborda o cruzamento específico que Rubens planeja realizar, com matrizes Senepol/Nelore, que têm um biotipo britânico.
Opções de touros para a fazenda
Ele sugere que, devido às características dessas matrizes, seria adequado usar um touro bimestiço de maior porte, como Canchim, Santa Gertrudis ou Simbrasil.
Esse cruzamento resultaria em animais meio-sangue tropicais, com pelagem curta, ideais para as condições climáticas da região. Além disso, a combinação de diferentes tamanhos contribuiria para uma progênie equilibrada em relação ao tamanho e com carcaças mais volumosas, atendendo aos requisitos dos frigoríficos.
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