SANIDADE E NUTRIÇÃO ANIMAL

Aditivos e probióticos aumentam em até 7% a eficiência alimentar e reduzem 40% as doenças no rebanho

Confira a entrevista com o médico veterinário Matheus Capelari, doutor em nutrição de ruminantes e gerente de serviços técnicos para gado de corte da Kemin para a América do Sul

Um estudo comprovou que o uso de aditivos e probióticos aumentaram em até 7% a eficiência alimentar e reduziram em até 40% as doenças no rebanho. Assista ao vídeo abaixo e confira os detalhes dessa pesquisa.

A constatação foi trazida pelo médico veterinário Matheus Capelari, doutor em nutrição de ruminantes e gerente de serviços técnicos para gado de corte da Kemin para a América do Sul.

Ele foi o principal entrevistado no programa Giro do Boi desta quarta-feira, 11, e falou sobre os avanços nas pesquisas em nutrição de ruminantes.

Capelari fez parte de uma caravana de brasileiros que fez uma visita técnica a confinamentos de bovinos de corte nos Estados Unidos.

Avaliação de aditivos e probióticos nos Estados Unidos

Detalhe da ração de bovinos de corte em confinamento nos Estados Unidos. Foto: Divulgação/Kemin
Detalhe da ração de bovinos de corte em confinamento nos Estados Unidos. Foto: Divulgação/Kemin

Foi nessa viagem que ele trouxe os resultados de um estudo de aditivos e probióticos na melhora da eficiência da dieta dos bovinos.

“O bovino evoluiu para consumir pasto, no entanto, o que mais cresce é a adição de grãos da dieta dos animais, correspondendo de 80% a 70% do que esses animais comem. É nesse contexto que entra o uso de aditivos e probióticos”, diz Capelari.

Esses compostos fortalecem os microrganismos presentes por todo o intestino do bovino fazendo com que o animal se adapte melhor a mudança da alimentação com mais grãos.

Isso faz com que o rebanho aproveite melhor a alimentação e converta esses nutrientes em mais carne e leite, no caso de um rebanho leiteiro. 

Sistema imunológico dos bovinos

Lote de bovinos de corte em confinamento nos Estados Unidos. Foto: Divulgação/Kemin
Lote de bovinos de corte em confinamento nos Estados Unidos. Foto: Divulgação/Kemin

A evolução de ruminantes como os bovinos fez com que os o seu sistema digestivo funcionasse como o maior repositório de seu sistema imunológico.

Isso foi uma grande saída para o desempenho do animal, pois, é pela boca que entra grande parte dos patógenos que fazem mal ao bovino.

“É por isso que ao longo de todo o intestino dos bovinos se encontram de 70% a 80% de agentes do sistema imunológico”, diz o especialista.

Portanto, ao fortalecer os microorganismos intestinais se fortalece também a saúde desses animais.

Cronograma sanitário aliado a nutrição bovina

Lote de bovinos de corte em confinamento nos Estados Unidos. Foto: Divulgação/Kemin

Em muitos confinamentos americanos, o cronograma sanitário inclui a oferta de aditivos e probióticos aos animais, pois fortalece a sanidade dos animais. 

“Alguns pesquisadores recomendam o probiótico ao lado do protocolo sanitário, pois isso garantiu as melhores respostas de saúde dos bovinos”, diz Capelari.

O estudo americano constatou que além do ganho de eficiência alimentar de 5% a 7%, foi diminuída em 40% a incidência de doenças nos animais.