Qual o caminho para uma pecuária mais eficiente, que emite menos gases de efeito estufa (GEE) e, ainda, sequestra carbono do ar? Assista ao vídeo abaixo e confira essa história.
Para o doutor em zootecnia Gustavo Rezende Siqueira, o Brasil está pavimentando cada vez mais esse caminho para uma produção de carne bovina sustentável.
Os desafios, gargalos e oportunidades da pecuária do futuro foi o destaque do Giro do Boi desta sexta-feira, 6. A reportagem do programa conversou com o doutor em zootecnia Gustavo Rezende Siqueira.
Siqueira é pesquisador do Polo Regional de Alta Mogiana da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA). A autarquia está vinculada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
Modelo de produção brasileiro é exemplo
“O Brasil é único País no mundo que consegue fazer duas ou três safras na maior parte das áreas agricultáveis. Já a maior parte do mundo só consegue fazer uma e olhe lá. Então o nosso potencial produtivo é muito grande”, diz Siqueira.
No entanto, para o pesquisador não adianta ser a maior potência agrícola do mundo, sem comprovar que sua produção está em linha com o equilíbrio ambiental.
Produzir carne bovina está cada vez mais em linha com o equilíbrio ambiental, pois todas as técnicas de manejo e tecnologias estão fazendo com que pecuária nacional seja uma referência para o mundo.
Terminação de bovinos cada vez mais jovens, fazer com que as vacas dêem bezerros mais pesados e adotar sistemas de integração que une a agricultura e a pecuária são alguns desses exemplos.
“Quando se usa uma tecnologia de forma mais adequada, você produz um animal mais rápido, de forma mais eficiente, e isso sempre traz um ganho de redução de gases de efeito estufa por quilo de produto produzido”, diz Siqueira.
Pressão internacional guia a produção do boi sustentável
“É uma pressão para nós melhorarmos o nosso sistema produtivo. Vamos ter um ganho indireto. O mundo está usando isso de uma forma negativa, mas ele só nos está empurrando para um caminho positivo”, diz o pesquisador.
Para o pesquisador, a pressão internacional sobre a potência do Brasil na produção agrícola só tem a beneficiar o país daqui para frente.