Se somar o inverno, o confinamento de bovinos e a baixa imunidade dos animais, o resultado provavelmente é: surgimento de infecções respitatórias no gado. As chamadas Doenças Respiratórias em Bovinos (DRB) são um complexo de infecções que podem ser causadas por vírus ou bactérias.
Dependendo da defesa dos animais e do clima, os animais podem ser acometidos por elas, e evoluir para pneumonias e demais infecções pulmonares no rebanho. Para ficar livre desses males e preveni-los, o pecuarista deve estar atento.
Em passos simples e práticos é bem possível identificar e tratar preventivamente as DRB, sem correr o risco de perda da produtividade, especialmente no confinamento.
“Quando falamos em confinamento, há muita divergência de temperatura, e isso atrapalha muito o desempenho dos animais, especialmente por conta das Doenças Respiratórias em Bovinos”, diz o médico veterinário Juliano Moreira de Almeida.
Ele é coordenador regional de demanda da Vetoquinol Saúde Animal. Almeida foi o entrevistado nesta segunda-feira, 27, no Giro do Boi.
Como identificar o animal doente?
A DRB pode ser facilmente reconhecida no gado. Entre os principais sintomas estão a falta de apetite dos bovinos, secreção nasal, tosses e roncos.
Com uma equipe da fazenda bem treinada, é fácil identificar os animais doentes. Por isso, o especialista ressalta uma boa ronda.
Controle e prevenção
“Quando se pensar em confinamento é tentar usar os aspersores de água para diminuir a poeira nos confinamentos. Ela é a grande causadora de problemas respiratórios em bovinos”, diz Almeida.
Além disso, quanto mais cedo for identificada a doença, mais rápida será a recuperação dos animais. Por isso é importante o produtor estar atento, primeiro, ao nível de sanidade do gado que está entrando no confinamento.
Um passo de prevenção é estabelecer um cronograma de vacinas. Deve ser incluídas também vacinas contra vermes e demais doenças que possam causar a baixa imunidade dos animais.
Não esqueça a vacina de reforço
A ser adotado um calendário sanitário de animais em confinamento, primeiro, o pecuarista começa deve escolher o melhor local para os animais ficarem.
Também devem ser aplicadas vacinações de doenças clostridiais, contra vermes e as vacinas de doenças respiratórias.
“Muitas vezes vemos que o produtor se preocupa de fazer apenas a vacina de entrada e se esquece de fazer a vacina de reforço. É importantíssimo quando estamos falando de doenças fazer um reforço depois de 21 dias para que o animal crie imunidade”, diz o especialista.