O gado Sindi, originário da província de Sinde no Paquistão, é uma das raças que produz o leite A2A2. Este tipo está ficando muito famoso por ser menos alergênico. O leite da vaca Sindi só possui as proteínas beta-caseína A2.
Por causa de seu leite, e também de sua aptidão para uma carne de qualidade, a raça vem ganhando destaque no País. Essa é a avaliação do pecuarista e criador Orlando Procópio, presidente da Associação Brasileira de Criadores de Sindi (ABCSindi).
A reportagem do Giro do Boi conversou com Procópio durante a Expozebu 2022. O evento voltou com força total e presencial este ano.
“A raça Sindi teve um aumento de 47% no número de animais inscritos na Expozebu, comparada com a edição anterior. O Sindi preenche requisitos muito importantes especialmente por essa dupla aptidão”, diz Procópio.
Genética moldada no sertão nordestino
A rusticidade desse rebanho vem justamente de uma base de sua genética ter sido melhorada numa das terras mais quentes do Brasil, o semiárido nordestino.
“A raça Sindi vem de uma região extremamente árida. Ela passou muito tempo no Nordeste brasileiro, onde 90% dessa área fico no semiárido. Quando você tem um animal produtivo criado nessas condições climáticas, eles se adaptam em qualquer região do País”, destaca o dirigente da entidade.
Cruzamentos
Procópio destaca inclusive o que a raça pode promover em cruzamentos com outras raças zebuínas e taurinas.
Com o Nelore, o pecuarista faz uma fêmea extremamente fértil e que consegue comer nos lugares mais problemáticos da fazenda. Já o touro garante uma carcaça mais produtiva e mais barata.
“Quando se acasala o Sindi com Jersey ou com o Holandês, você também potencializa o leite A2A2. Você melhora a saúde daquela fêmea em função da rusticidade do Sindi”, diz o criador.
Links de referência
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sindi_(gado)
http://www.sindi.org.br/Novo/?conteudo,63