Apesar de ter, em média, cinco dias a mais de engorda, o boi confinado produziu mais carne no ano passado do que em 2020. O ganho de arroba foi de 8,2 arrobas em 2021 contra menos de oito arrobas em 2020. Em média, os confinamentos terminaram os animais em 117 dias contra 112, no ano retrasado.
As informações foram do relatório Benchmarking Confinamento Probeef 2021, elaborado pela empresa Nutron-Cargill. O engenheiro agrônomo Felipe Bortolotto, gerente de Tecnologia para Gado de Corte da Cargill, participou do Giro do Boi desta quinta-feira, 9, e falou sobre os detalhes do relatório.
“Houve uma melhoria bem expressiva em arrobas produzidas. A evolução do peso de carcaça foi parecida com a de 2020, porém, as arrobas produzidas foram maiores. Ou seja, o animal entrou um pouquinho mais leve, no entanto, melhoramos um pouco o acabamento”, diz Bortolotto.
Realizado há seis anos, o relatório tem se consolidado como uma importante ferramenta para ajudar o pecuarista a aumentar seus índices produtivos.
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Ao todo, 120 confinamentos fizeram parte do levantamento de 2021. Foram 1,11 mil bovinos avaliados. Desde 2016, o Benchmarking Brobeef já chega a quase três milhões de cabeças analisadas de 180 produtores. Isso equivale a cerca de 21 milhões de arrobas produzidas.
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“O tripé de uma boa análise estatística é ter quantidade, qualidade e representatividade. E nós temos acurácia, quantidade e temos representatividade dados”, diz Bortolotto.
Detalhes
Entre os indicadores analisados estavam o peso de entrada dos animais, o ganho médio diário (GMD) de peso, o peso de carcaça e a eficiência biológica.
“A eficiência é uma unidade que eu consigo correlacionar quantos quilos eu preciso investir em comida e quanto deve ser a receita produzida por animal já no gancho”, diz o especialista.
Nos últimos cinco anos, de acordo com o relatório, a eficiência biológica ficou em cerca de 152 quilos de matéria seca para fazer uma arroba de carne.
Confira no vídeo abaixo a entrevista na íntegra:
