Nesta sexta, dia 04, o doutor em meteorologia Marcelo Schneider, coordenador regional do Inmet, destacou um alerta de tempestade que se formará pelo encontro de massas de ar frio e quente.
Primeiramente, Schneider apontou que nesta sexta e início de sábado algumas chuvas pontuais atinge o Rio Grande do Sul. A princípio, a precipitação ocorre mais na fronteira, mas depois se espalha para o norte do estado e oeste de Santa Catarina. “As temperaturas, que andavam nos 40º C até terça, quarta-feira no Rio Grande do Sul, vão cair um pouco em função de uma nova frente fria”, informou.
Juntamente com essa frente fria, que se desloca sentido norte, uma massa de ar quente desce rumo ao Sul e promove um encontro que gera alerta de tempestade.
VIRADA NO TEMPO
Conforme antecipou Schneider, a mudança no tempo ficará evidente a partir de domingo. “Esse ar frio do Sul vai se encontrar com ar quente do Norte e deve dar origem a um novo episódio de zona de convergência do Atlântico Sul. Assim, vamos ter novamente, domingo, segunda, terça – e talvez até quarta-feira – três ou quatro dias de intensa chuva”, detalhou.
Segundo o especialista, os maiores volumes deste alerta de tempestade deverão se concentrar entre SP, RJ, ES e sul de Minas Gerais.
Além disso, Centro-Oeste e Sul também terão condições para chuvas fortes. “Em grande parte dessas regiões do Centro-Oeste e parte do Sul tem condições de pancadas de chuva fortes. Esse mapa de domingo revela que esse sistema fica quase estacionário entre São Paulo, Minas, pegando Goiás, Tocantins. Essas regiões também já no interior de Minas, da Bahia e Matopiba voltam, entre domingo e segunda-feira, […] a ter pancadas”, continuou o meteorologista.
Em seguida, Schneider apontou que na Região Norte, apesar de menos intensos, os temporais devem ocorrer de modo pontual. Enquanto isso, logo depois que a frente fria se desloca, a Região Sul volta a ficar com tempo mais seco.
VOLUMES
Dentro do alerta de tempestade, Schneider chamou atenção para os volumes dos temporais. No Rio Grande do Sul e na divisa com Santa Catarina, por exemplo, a precipitação pode acumular até 80 mm.
Ao mesmo tempo, na faixa central, o alerta de tempestade segue mais intenso. “Os acumulados de chuva em três ou quatro dias (sábado a terça-feira) podem novamente passar dos 100 mm. Em algumas áreas, 150 mm e talvez até 200 mm entre o centro-sul de Minas, algumas áreas de Goiás, extremo sul do Tocantins e extremo oeste e noroeste de Minas Gerais”, avisou.
PRÓXIMAS SEMANAS
Em conclusão, Schneider falou ainda sobre a previsão do tempo para a semana seguinte, entre 10 e 16/02. De acordo com o especialista, o canal de umidade segue trazendo chuvas para BA, GO, TO, MA e pancadas gerais entre Centro-Oeste, Sudeste e centro-norte do Brasil de modo geral.
Eventualmente, entre fevereiro e março ainda haverá regiões com bom volume de chuvas, ficando acima da média, inclusive, para o norte de SP, MS e parte de MG. Contudo, o mês de março deve ser ter tempo mais irregular, com chuva abaixo da média para RS e SC. Em seguida, abril deve ser um mês mais seco no geral.
PERGUNTAS DE TELESPECTADORES
Simultaneamente à previsão do tempo e ao alerta de tempestade, Schneider atendeu telespectadores que enviaram perguntas. Marlene Cabral, de São Cristóvão-SE, perguntou se as chuvas de verão estão na média na região, ao passo que Daniel Simas, de Maringá-PR, perguntou quais são os alertas do tempo para aquele local.
Imediatamente Schneider revelou que na região de São Cristóvão os níveis de chuva podem ter sido acima do histórico normal. Em relação a Maringá, o meteorologista falou sobre alertas de chuva até este sábado, 05.
Por fim, veja o alerta de tempestade para os próximos dias com mapas em detalhes pelo vídeo a seguir: