Você já ouvir dizer que o futuro já chegou na pecuária e só falta distribuir melhor? Foi a partir desta ideia que a engenheira agrônoma Anne Dallabrida e a zootecnista Glenda Evaristo, da Valloura Soluções Agropecuárias criaram o movimento “Juntas pela Pastagem”. O conceito é modernizar o manejo de pasto e evitar o avanço da degradação de áreas. De certa forma, com o objetivo de trazer o manejo de pastagem para o Século XXI.
Conforme contou Glenda, o projeto foi criado neste ano depois de perceber a necessidade de algumas fazendas verticalizarem mais a sua produção. Em agosto, a visitas das criadoras do “Juntas pela Pastagem” começaram a ser realizadas em propriedades rurais em RO, RR, AM, MT, MS E GO.
Segundo confirmou Glenda, na prática as visitas buscam entender em detalhes os problemas com o manejo de pasto. “A gente quer trabalhar com o ajuste fino dentro da propriedade. O quanto realmente preciso adubar, de que forma tem que adubar. Quais produtos vão ser necessários para expressar o potencial genético daquela gramínea? […] Então tem como fazer isso hoje de uma maneira muito eficiente dentro dos custos de produção”, ponderou.
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MENOS COCHO, MAIS PASTO
De acordo com Anne, é possível identificar a viabilidade econômica deste avanço em manejo de pasto sobretudo quando comparado os custos de recuperação com os da engorda intensiva. “Vale ressaltar que nós tivemos um aumento dos preços de insumos, de fertilizantes e corretivos, mas, em contrapartida, nós também tivemos um aumento nos preços de suplementos, de ração. E esse aumento […] é mais expressivo na parte de suplementação” analisou.
Em seguida, a agrônoma contextualizou o slogan do projeto Juntas pela Pastagem, que é “Menos Cocho, Mais Pasto”. “É exatamente o que a gente tem de foco no nosso projeto, que é realmente ter mais pasto, aprender a tratar o pasto de fato como uma lavoura. Encarar assim como uma lavoura e ter um pasto que seja um de qualidade, não só quantidade. Oferecer um alimento em quantidade e qualidade para o gado, um alimento bom. Manejar isso no pasto e utilizar o cocho só por uma estratégia de suplementação, um complemento”, justificou.
ATENDIMENTO PERSONALIZADO
Por outro lado, Glenda constatou que o Juntas pela Pastagem também serve para quem já trata o pasto como lavoura, mas ainda carece de conhecimento em pecuária. “Hoje tem muitos lavoureiros entrando na atividade com alguma dificuldade. Por mais que eles consigam produzir um capim de excelente qualidade, eles não têm habilidade de saber qual categoria trabalhar, que tipo de animal, o que ele precisa fazer. Então dentro desse projeto também é muito importante falar que a gente entende primeiramente aonde o produtor quer chegar e quando ele quer chegar, de que forma ele quer chegar”, acrescentou.
Nesse sentido, Anne especificou o que ocorre nas visitas dos integrados do Juntas pela Pastagem às fazendas, destacando o atendimento personalizado. “A gente vai fazer uma análise da fazenda, observar área, se são áreas que precisa, ser recuperadas ou reformadas e renovadas. Então cada propriedade tem uma realidade. Entender a realidade do produtor, quantas cabeças de gado ele tem, qual lotação ele tem naquela área e a qual lotação ele quer chegar. Como está o pasto dele, se é um pasto que dá para recuperar, se a gente tem que reformar esse pasto, se já está numa condição muito alta de degradação. Tudo isso entra dentro de um atendimento personalizado”, comentou.
Acima de tudo, Anne destacou a missão do projeto Juntas pela Pastagem. “O foco não é venda de produto, o foco é realmente a mudança do cenário da pecuária nacional”, disse em suma.
+ Saiba aqui mais informações sobre o projeto Juntas pela Pastagem
Por fim, assista a entrevista completa com Anne Dallabrida e Glenda Evaristo, idealizados do projeto Juntas pela Pastagem: