O telespectador Fabrício Ribeiro, de Itaituba, no Pará, quer saber que critérios deve seguir para fazer um bom cruzamento de gado de corte que sirva para a pecuária no Pará. A região, conforme ele mesmo reforçou, tem clima amazônico ou, em outras palavras, quente e úmido.
APROVEITANDO A MATRIZ
O zootecnista Alexandre Zadra direcionou a resposta ao telespectador paraense. Segundo o especialista, como o animal deve ser adaptado à região, ele deve ter no máximo 50% de sangue de raças do frio. “Ou seja, no máximo meio-sangue europeu quando falamos em matrizes. E se você for fazer um cruzamento terminal, pode ter um pouquinho mais de sangue europeu. Porém logo depois da desmama você tem que caprichar na recria”, orientou.
Zadra reforçou o motivo de as matrizes serem até 50% europeias para a pecuária no Pará. “Nesse caso, se você tiver matrizes zebuínas, você pode usar uma raça europeia e ela vai muito bem. As raças maternas que você pode usar são, por exemplo, o Angus, o Hereford, o Simental, mesmo o Pardo-Suíço de corte. […] Então você vai fazer um gado adaptado, uma fêmea muito boa para fazer um tricross”, adiantou.
CRUZAMENTO TERMINAL
Em seguida, Zadra apontou ainda que raça usar sobre a fêmea F1, caso o criador queira continuar com o tricross. “Se você for usar essa meio-sangue, você pode usar um bimestiço sobre ela. Como o Canchim, Brangus, Braford, Santa Gertrudis ou mesmos os africanos adaptados, como Bonsmara, Caracu e Senepol”, exemplificou.
Em suma, a matriz a ser usada na pecuária no Pará deve ser sempre o pelo curto para se adaptar bem à região. Portanto, não deve ter mais de 50% de sangue europeu. Por outro lado, no cruzamento terminal (abatendo machos e fêmeas), o criador pode até ter animais com um pouco mais de sangue europeu, desde que oferece uma boa suplementação ou confinamento logo após a desmama.
O conteúdo original pode se visto pelo link abaixo:
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Por fim, assista em vídeo a resposta completa de Alexandre Zadra sobre cruzamento para a pecuária no Pará:
Foto ilustrativa: Reprodução / Codec-PA