Enquanto enfrenta o auge da entressafra, o pecuarista de cria precisa planejar os últimos detalhes da estação de monta que se aproxima. Quem falou sobre o assunto no Giro do Boi desta sexta-feira foi a médica veterinária, mestre e doutora em reprodução bovina Laís Mendes Vieira, gerente de produtos da linha reprodutiva de ruminantes da MSD Saúde Animal.
“Eu ouso dizer que a reprodução é o coração (da pecuária). […] Ela é essencial para esse negócio, mas a gente tem que lembrar que para um bom resultado, uma boa performance a reprodução depende de vários fatores. Então é importante que a gente esteja atento a fatores como sanidade, nutrição, bem-estar e à própria gestão e planejamento deste momento que é fundamental para o negócio”, sustentou.
A veterinária destacou quais são as principais lições de casa para os criadores neste momento. “Eu diria que a gente está num momento importantíssimo. A gente está num momento de definições do planejamento da próxima estação, então a gente já tem toda informação da estação passada e consegue fazer a projeção de quantos animais nós vamos ter por categoria. Aliado a isso […], a gente deve entender qual vai ser a disponibilidade de forragem para esses animais, como está a disponibilização de água para a gente entender quais podem ser os manejos a serem feitos para entrar com esses animais na estação de monta na sua melhor forma, pensando em condição corporal para que ele desempenhe na reprodução da melhor forma possível. E não só isso, a gente tem que entender a sanidade. Se a gente está seguindo o calendário, se vai necessitar alguma suplementação para esses animais, as instalações e […] a gente não pode esquecer estações de monta que vão trabalhar com touros, a gente olhar para esses animais nesse momento, avaliar tanto sanidade como exames andrológicos para a gente avaliar fertilidade desses animais. É um todo”, observou.
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“Já chegando na estação, então é o momento da execução. A gente está se precavendo agora, se preparando e aí lá na frente a gente vai ter quantos animais por categoria a gente vai começar a formação dos lotes, então separar os animais de acordo com as categorias, animais de primeira cria, vacas, novilhas para a gente dar a solução correta para cada uma dessas categorias e ter certeza, fazer checagem que a gente está com todas as ferramentas e materiais necessários para a gente executar a estação de monta com excelência”, complementou.
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A especialista detalhou o pontos de atenção com relação à sanidade do gado. “Se a gente lembrar, a partir de agora nós estamos iniciando em muitos locais já iniciaram ou vão iniciar a parição. Então nesses animais que os rebanhos vão iniciar a parição, nos próximos meses é o momento estratégico para a gente tratar, por exemplo, as doenças, no sentido de prevenir as doenças reprodutivas. É uma boa oportunidade para a gente fazer uma vacinação de […] BVD, leptospirose, que são todas enfermidades que impactam no nosso resultado”, comentou.
Sem cuidar e prevenir os principais problemas sanitários conhecidos da reprodução bovina, o criador pode colocar todo o planejamento e insumos adquiridos em risco. “A gente pode fazer um excelente planejamento, um excelente manejo, porém pecar nos resultados se não forem prevenidos alguns dos desafios que a gente sabe que são muito altos aqui no Brasil. A gente não pode esquecer que esses animais que vão entrar na estação de monta ainda vão fazer a entrega do produto da estação de monta anterior, então, neste momento, em relação aos animais que ainda não pariram, é muito importante ver junto ao seu técnico o momento ideal e fazer a vacinação pensando no bezerro que está por vir, como a vacinação de rotavírus, coronavírus, E Coli. São todos desafios que os bezerros têm nas primeiras semanas de vida e que se a gente vacinar a mãe agora, através de seu leite, no colostro, a gente vai proteger os bezerros e a eles vão passar por esses momentos iniciais da vida de uma forma mais fácil e performando melhor”, ressaltou.
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Depois de prevenir as doenças reprodutivas antes da parição, o manejo da monta, quando as fêmeas são destinadas ao curral, pode servir também para aplicar outros protocolos sanitários. “Não só por isso, mas já que estamos levando os animais ao curral, esse se torna um momento estratégico também na prevenção e controle de outros agentes. Então nesse momento a gente pode dar atenção ao controle de verminoses, ao controle de carrapatos e também a gente pensa em não esquecer das clostridioses. A gente deve aproveitar para fazer as vacinações para esses desafios no momento que a gente está trazendo o animal para o manejo”, sugeriu.
A veterinária ressaltou ainda como a companhia atua ao lado do pecuarista para assegurar a produtividade da monta. “A MSD conta muito com a capacitação das pessoas. Isso é fundamental, que elas estejam muito bem treinadas para a execução. E a companhia ainda conta com programas de serviços, que visam uma calendarização das vacinas, de acordo com os desafios das fazendas, como controle de verminoses, controle de carrapatos e também a gente conta com uma plataforma que visa o manejo de baixo estresse, que é o Criando Conexões, […] tudo voltado para a saúde do animal e para o bem-estar. No final, é o nosso dia a dia, é a gente colocando em prática o nosso propósito que é, de fato, melhorar a vida das pessoas, a saúde e o bem-estar dos animais e consequentemente ter um rebanho mais produtivo”, comentou.
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Vieira falou ainda sobre o aporte de tecnologia na pecuária de cria. “A gente não pode deixar de mencionar como a pecuária está ampliando o uso desta tecnologia (IATF). É impressionante! Um setor que está crescendo acima dos 20% na utilização da tecnologia. No ano passado o mercado atingiu 21 milhões de protocolos de IATF, passou desse marco. É tecnologia diretamente na pecuária”, celebrou Laís.
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A veterinária salientou que além da contribuição para a cria com protocolos hormonais e produtos para a sanidade na reprodução, a companhia também passou a atuar na gestão da estação de monta. “É muito importante lembrar que não é só esta tradição (em protocolos hormonais e sanitários), mas nós também estamos focados muito no novo horizonte. De que se trata? Hoje na MSD a gente tem mais uma unidade de negócios, a MSD Saúde Animal Intelligence, que aqui no Brasil atua com a Allflex. Os criadores devem entender toda a parte da identificação, monitoramento dos animais […] porque para iniciar a IATF, um passo básico é identificar os animais. Com a identificação, a gente consegue fazer todo o controle, o passo a passo do processo da IATF para que ela seja bem feita, para que ela seja mensurada, para entender quais animais estão indo bem ou não, para fazer a reciclagem no próximo ano. Então é com tradição que eu diria que a MSD traz toda a expertise na parte da sincronização dos animais, mas também focada nesse novo horizonte, trazendo a prevenção, a gestão de dados e o bem-estar dos animais. É dessa forma que a gente acredita muito hoje em como a gente contribui com este mercado de IATF no Brasil”, concluiu Laís Vieira.
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A entrevista completa com a médica veterinária, mestre e doutora em reprodução bovina Laís Mendes Vieira, gerente de produtos da linha reprodutiva de ruminantes da MSD Saúde Animal, pode ser vista pelo vídeo a seguir: