
O estado do Pará, detentor do segundo maior rebanho bovino do Brasil, está na vanguarda da pecuária nacional ao implementar um programa de rastreabilidade individual dos bovinos, antecipando a exigência do Ministério da Agricultura (Mapa) para dezembro do próximo ano.
Essa iniciativa é um marco que acompanha a evolução na qualidade do gado paraense, que se tornou um case de sucesso em produtividade e sustentabilidade.
Em entrevista ao Giro do Boi, o diretor de negócios da Friboi para os estados do Pará e Tocantins, Bruno Brainer, afirmou que o crescimento da pecuária paraense tem sido vertical, com a companhia (que inaugurou mais uma unidade, Casa de Tábua, totalizando cinco no Pará e Tocantins) observando um aumento de quase o dobro no volume de abate nos últimos cinco anos.
O peso médio dos machos abatidos, por exemplo, teve um ganho de mais de meia arroba no período, capitaneado pelo uso de tecnologia nas fazendas.
Confira:
Qualidade e protagonismo na COP 30

A indústria frigorífica reconhece a melhoria da qualidade da carne produzida no Pará, que se manifesta em:
- Idade de abate: diminuição da idade de abate.
- Carcaça: melhor acabamento e melhor preenchimento da carcaça, resultando em mais peso no gancho.
- Abate qualificado: os animais estão com peso médio acima de 21 arrobas e com percentual crescente de animais na gordura mediana.
O estado tem demonstrado o protagonismo da cadeia na agenda de sustentabilidade. A COP 30, realizada no Pará, serviu de vitrine para o estudo da FGV que comprovou a trajetória de descarbonização da pecuária. Essa virada de chave mostra que o rótulo de “boi erado” ficou para trás, dando lugar ao confinamento, à Terminação Intensiva a Pasto (TIP) e à genética como uma realidade relevante.
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Rastreabilidade: a conexão com o consumidor
O programa de rastreabilidade individual no Pará é um investimento no futuro do mercado, e a JBS Friboi e a Fundação Amazon apoiaram a iniciativa com a doação de 3 milhões de tags (brincos e bottons), principalmente para pequenos pecuaristas.
- Acesso a mercados: o aumento da qualidade do gado e a rastreabilidade fomentam o acesso a mais mercados e consolidam protocolos de carne premium, como o Protocolo 1953 da Friboi, que já possui duas unidades habilitadas no estado (Marabá e Santana do Araguaia).
- Comunicação: a indústria está construindo uma relação de conexão entre o consumidor e o produtor, garantindo que o animal produzido atenda à realidade e às exigências do mercado no momento.
O trabalho do produtor paraense é um exemplo de que a pecuária é um vetor de crescimento, produzindo um animal mais jovem, com mais acabamento e mais pesado.
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