
Com o início do período das águas, o Capim-capeta (Sporobolus indicus) retorna com força, representando a planta daninha mais temida pelo fazendeiro por sua agressividade e dificuldade de controle.
O engenheiro agrônomo Wagner Pires alerta que essa planta é um “problema” que se alastra rapidamente pela fazenda, chegando facilmente pela pata do cavalo, pneu da caminhonete e até mesmo pelo vento.
O Capim-capeta aparece primeiro em áreas como beiradas de corredor, onde passa o trator, e gradativamente toma conta de toda a área, furtando a produtividade do pasto. O principal motivo para o combate imediato é o seu potencial de sementeamento. Uma única planta produz cerca de 200 mil sementes por ano, o que gera um problema de longo prazo para a fazenda.
Confira:
Estratégia de ataque e o timing ideal
A estratégia de combate ao Capim-capeta exige um timing preciso e a combinação de princípios ativos. Segundo Wagner Pires, o problema da planta daninha não é resolvido com fórmulas mágicas e o produtor não pode relaxar.
- Combinação química: a estratégia que tem entregado resultados satisfatórios é a associação de dois herbicidas: Atrazina e Mesotriona. Além disso, o uso de biosoluções pode potencializar a entrada do herbicida na planta.
- Momento certo: o timing é crucial. A aplicação deve ser feita no período das águas, na hora em que a planta está “verdinhada” e bem receptiva para morrer, antes que ela sementeie.
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Prejuízo da planta e prevenção
O Capim-capeta não é apenas uma praga que toma conta da área, ele também é um alimento de baixíssima qualidade: o gado o come, mas a planta tem apenas 4% de proteína, o que compromete o desempenho do rebanho.
Para evitar a reinfestação e garantir a limpeza da fazenda, o produtor deve adotar o manejo preventivo:
- Controle gradativo: o produtor deve limpar a área gradativamente durante as águas.
- Isolamento de gado: pastos que foram limpos não devem receber gado oriundo de áreas contaminadas, pois o animal pode trazer sementes na pata, reinfestando a área.
O objetivo final é limpar o pasto em definitivo para que ele possa produzir por mais tempo.
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