MODELO DE PECUÁRIA INTENSIVA

Agropecuária Maragogipe mostra como integração, adubação e taxa de lotação garantem produtividade

Fazenda de MS atinge taxa de prenhez de 89% e recicla esterco do confinamento para fertilizar o pasto

Foto: Divulgação.
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A Agropecuária Maragogipe, em Itaquiraí, Mato Grosso do Sul, é uma das fazendas mais produtivas do Brasil e um modelo de pecuária intensiva com sustentabilidade.

A estratégia de sucesso da propriedade é baseada em um rigoroso planejamento forrageiro e nutricional, que utiliza a integração, a adubação e uma alta taxa de lotação para garantir a produtividade em um sistema de ciclo fechado.

Em entrevista ao Giro do Boi, o zootecnista Lucas Marques, diretor de operações da Maragogipe, explica que o planejamento forrageiro é a base do orçamento anual da fazenda. A partir dele, é definida a quantidade de unidades animais (UA) por hectare que o pasto pode suportar, um indicador que norteia todas as decisões financeiras e operacionais do ano.

Confira:

ILP e lotação: o segredo da produtividade

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A Agropecuária Maragogipe utiliza a Integração Lavoura-Pecuária (ILP), onde, segundo o diretor, “a equação 1 + 1 não é igual a 2, 1 + 1 é igual a 3”.

A ILP gera o volumoso (milho e milho safrinha consorciado com capim) para o confinamento, e o resíduo (esterco) é compostado e devolvido ao pasto via adubação, fechando o ciclo e garantindo a sustentabilidade.

  • Taxa de lotação (braquiária): média de 1,30 a 2 UA/ha no verão.
  • Taxa de lotação (capim cespitoso/adubado): consegue chegar a três a quatro UA/ha.

O rebanho de cria é dividido em 30% com capins cespitosos (Mombaça, Tanzânia), que respondem bem à adubação, e 70% com braquiárias (Piatã). O sucesso da produtividade exige um time muito bem alinhado e treinado, pois o cerne central do resultado são as pessoas.

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Nutrição personalizada e alta taxa reprodutiva

Foto: Divulgação.

A nutrição na Agropecuária Maragogipe é “extremamente personalizada”, complementando o que o capim não consegue fornecer.

O foco é nas categorias mais jovens, que têm prioridade na pastagem de melhor qualidade e na suplementação proteico-energética. A fazenda possui fábrica própria para formular a dieta, o que confere agilidade e controle de custo.

  • Taxa de prenhez: varia entre 88% e 89%.
  • Taxa de desmama: acima de 80%, chegando a 85% em anos atípicos.
  • Manejo: a fazenda trabalha com lotes de cria bem reduzidos (50 a 60 vacas), o que facilita o manejo e o aproveitamento do capim.

A fazenda reforça que o segredo para ganhar dinheiro na pecuária de cria é a taxa de desmama. O objetivo é sempre colher o maior número de quilos de bezerros desmamados por vaca exposta à reprodução.

A Agropecuária Maragogipe é um exemplo de excelência, produzindo animais Nelore abaixo de 15 meses, sempre acima de 22 a 23 arrobas de peso.

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