A certificação privada na pecuária está se consolidando como um recurso imprescindível que beneficia o produtor com redução de custos, mitigação de desperdícios e melhoria na gestão.
O processo, que é um reconhecimento formal e independente, garante que uma propriedade ou produto atendem a rigorosos padrões de qualidade, sanidade, bem-estar animal, sustentabilidade e origem. Essa tendência fortalece a pecuária mais sustentável e garante a competitividade em mercados globais cada vez mais exigentes.
Em entrevista ao Giro do Boi, a dra. Helena Fagundes Karsburg, diretora técnica da Fair Food Certificadora, explica que a certificação privada é uma etapa “extra” que agrega valor e transparência. Ela é um critério de acesso a mercados premium e um diferencial de reputação que vai além da rastreabilidade legal (como o SISBOV).
Benefícios da auditoria independente e gestão de riscos
A grande vantagem da certificação privada é o olhar independente e externo que ela proporciona à fazenda. O processo de auditoria de terceira parte não é para “apontar defeito”, mas sim para identificar gargalos nos processos que o produtor, por estar acostumado, não enxerga:
- Melhoria de processos: o auditor externo contribui para a gestão ao identificar pontos de melhoria, que podem gerar mais receita e reduzir perdas.
- Mitigação de riscos: a certificação é fundamental para a imagem do negócio e para a reputação, mitigando riscos de imagem e garantindo uma abordagem ética (bem-estar animal, origem).
- Confiabilidade: o selo, concedido após a verificação de todos os requisitos através de documentação, registros e entrevistas com colaboradores, é uma ferramenta de comunicação transparente para o mercado comprador e o consumidor final.
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O processo de certificação e o consumidor
O consumidor tem questionado cada vez mais os modelos de produção e precisa de garantia de que o alimento que está comprando é de qualidade. A certificação privada atende a essa demanda, pois envolve o cumprimento de requisitos que abrangem toda a atividade: questão sanitária, nutricional, bem-estar e sustentabilidade.
Os mercados mais exigentes, como Japão e Coreia do Sul, valorizam esses modelos de certificação voluntária. Helena reforça que “o telhado não pode ser de vidro” e que é responsabilidade da cadeia levar a informação de maneira clara e assegurada.
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