CICLO CURTO

PMGZ Carne: iniciativa garante animais com menos de dois anos de idade e média de 25 arrobas

Animais frutos de genética melhoradora vão ao abate mais cedo com cerca de três a cinco arrobas a mais de peso

PMGZ Carne: iniciativa garante animais mais pesados na estação de monta (Foto: Divulgação).
PMGZ Carne: iniciativa garante animais mais pesados na estação de monta (Foto: Divulgação).

O programa PMGZ Carne é a resposta da pecuária zebuína ao problema dos “cabeceiras de boiada”, que anualmente geram cerca de 30 milhões de bezerros tardios e caros para produzir.

Lançada pela Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) em parceria com frigoríficos e confinamentos, a iniciativa visa comprovar a eficiência produtiva da genética Zebu PO e garantir animais mais pesados em um ciclo mais curto.

Em entrevista ao Giro do Boi, o zootecnista Ricardo Abreu, gerente de fomento da ABCZ, destaca que o PMGZ Carne nasceu para “dar luz” ao potencial da genética Nelore PO em cima da vacada comercial. O programa já acumula abates que atestam a rentabilidade, como o último, que envolveu 60 bois da ACN Agropecuária em Goiás.

Confira:

O poder da genética Nelore: mais arrobas em menos tempo

O último abate técnico do PMGZ Carne revelou o potencial do gado geneticamente superior. Os 60 bois da ACN Agropecuária, filhos de 22 pais diferentes, foram abatidos com menos de dois anos de idade e alcançaram uma média impressionante de mais de 25 arrobas.

  • Rentabilidade comprovada: o incremento é de, em média, cinco arrobas acima da média dos animais abatidos na JBS Friboi, o que se traduz em “mais peso e menos tempo”.
  • Verticalização da genética: o programa compila o desempenho econômico dos filhos e correlaciona-o com a avaliação genética dos pais (touros Nelore PO avaliados pelo PMGZ). Isso fornece uma prova de rentabilidade individualizada e consistente, mesmo com a variabilidade genética.

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Recado para a estação de monta: não erre na genética

O PMGZ Carne comprova a revolução que o Zebu PO está promovendo, sendo uma iniciativa de consulta pública para que o criador tenha acesso aos dados e replique o modelo. Ricardo Abreu reforça a mensagem central para a estação de monta:

O produtor não pode mais optar por touros “cabeceiras de boiada”, que geram animais tardios, custam o dobro (por comerem mais e converterem pouco) e com o mesmo manejo do animal geneticamente superior. A revolução da pecuária exige que se utilize a genética Zebu PO, que traz fertilidade, precocidade e consistência, garantindo um negócio sustentável.

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