GIRO DO BOI RESPONDE

Reforma de pastagem: como escolher o capim certo para o período seco?

Recuperar pastos degradados exige planejamento e escolha correta da variedade forrageira

Reforma de pastagem: como escolher o capim certo para o período seco? (Foto: Reprodução/Giro do Boi).
Reforma de pastagem: como escolher o capim certo para o período seco? (Foto: Reprodução/Giro do Boi).

A reforma de pastagem em áreas degradadas exige a escolha de uma forrageira resistente à seca e alinhada à estratégia de intensificação da fazenda.

O pecuarista Emanuel Souza, de Cianorte, Paraná, busca uma variedade mais resistente para complementar seu MG5.

Ao quadro Giro do Boi Responde, o zootecnista Edmar Peluso afirma que tanto o MG5 quanto o MG12 são opções viáveis, mas a decisão deve se basear no manejo e no nível de adubação que será aplicado.

O especialista explica que espécies como MG5, MG12, Mombaça, Massai, Marandu e Piatã são todas resistentes à seca. O MG5, por exemplo, é extremamente produtivo e oferece flexibilidade para o produtor que eventualmente não puder adubar todos os anos.

Já os pânicos (Mombaça e Massai) são mais vigorosos e respondem melhor à adubação, oferecendo uma capacidade de suporte superior.

Confira:

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Escolha e manejo para maior resiliência

Apesar da resistência intrínseca das forrageiras, o zootecnista alerta que nenhuma espécie manterá a produção ao longo do inverno e da seca se o produtor negligenciar a estratégia de manejo. Veja:

1. Pânicos (Mombaça, Massai):

  • Vantagem: potencial mais vigoroso e robusto, com melhor resposta à adubação.
  • Atenção: são mais exigentes em fertilidade e a adubação se torna quase um custo fixo.

2. Braquiárias (Marandu, Piatã):

  • Vantagem: têm uma estrutura de folha e um hábito de crescimento que as tornam estruturalmente melhores para o gado comer na condição de seca ou geada, mantendo o bom desempenho.

3. Estrela Roxa:

  • Vantagem: um “diamante escondido” no noroeste do Paraná. É uma opção excelente de média e alta fertilidade, muito produtiva no outono e primavera, agressiva e rústica, mas exige atenção ao controle de formiga e lagarta.

Otimizando o solo para resistir à seca

Para que a forrageira escolhida seja mais resiliente, é fundamental otimizar a estrutura do solo:

  • Calcário e Fósforo: utilizar calcário na formação e incorporá-lo para que o cálcio desça e a raiz possa se aprofundar. O fósforo solúvel é essencial para potencializar o enraizamento da planta.
  • Matéria orgânica: trabalhar com adubações de manutenção e adubação orgânica. O solo com boa matéria orgânica segura a umidade, permitindo que a planta fique mais forte para lidar com as intempéries e a seca.

A estratégia é clara: explore bem a lotação nas águas e na primavera, mas tenha uma estratégia de seca bem definida para reduzir a lotação no inverno e manter a rentabilidade.

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