
Uma colaboração científica internacional, com a participação crucial da Embrapa Gado de Leite, sequenciou os genomas de 450 genótipos de capim-elefante coletados em 18 países.
Essa descoberta representa um novo impulso para o melhoramento genético da forrageira e consolida seu grande potencial para a pecuária tropical e para a produção de bioenergia.
O capim-elefante, originário da África e adaptado ao Brasil desde o início do século XX, é a base de cultivares como o Capiaçu (silagem) e o Curumi (pastejo).
Em entrevista ao Giro do Boi, a doutora em genética e melhoramento e pesquisadora da Embrapa, Ana Luísa Souza Azevedo, explicou a relevância do estudo. “Ele é baseado para entender a diversidade, mas além disso, começou um estudo paralelo de associação”.
Confira a entrevista completa:
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Sequenciamento genético e o futuro em sete anos
O estudo é um trabalho de vanguarda e fruto de uma parceria de longa data da Embrapa com o International Livestock Research Institute (ILRI). O material genético, coletado em 18 países e avaliado sucessivamente por cinco anos, permitiu mapear genes ligados à produtividade, valor nutritivo e potencial energético.
O grande benefício para o produtor é o desenvolvimento acelerado de novas cultivares. “Utilizando ferramentas genômicas, você reduz o tempo médio necessário para desenvolver uma cultivar (que normalmente leva de 10 a 15 anos) para 7, 8 anos”, revela Ana Luísa.
Essa aceleração permitirá o lançamento de cultivares mais específicas, adaptadas a desafios como o estresse hídrico.
Potencial energético e a edição gênica
A pesquisa da Embrapa também foca no potencial do capim-elefante para a produção de bioenergia, devido à sua alta eficiência fotossintética. O próximo passo é explorar a edição gênica e o sequenciamento para tornar as plantas mais resistentes.
“A gente vai desmembrar todos esses estudos agora de associação para as características de maior interesse, por exemplo, associar com resistência a cigarrinha,” explica a pesquisadora.
A ideia é gerar marcadores que tornem as plantas mais resistentes a pragas, doenças e, principalmente, a estresse hídrico. A Embrapa continua na vanguarda para criar soluções para o agronegócio mundial.
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