DICAS DO SCOTON

Confinamento: custo para o pecuarista vai além da alimentação; entenda

Zootecnista Mauricio Scoton explica por que o controle detalhado do custo operacional é decisivo para o lucro no confinamento

Confinamento: custo vai além da alimentação (Foto: Reprodução).
Confinamento: custo vai além da alimentação (Foto: Reprodução).

O custo operacional é o indicador mais importante para o lucro no confinamento, mas o pecuarista deve ter em mente que a conta vai muito além da alimentação e da aquisição do boi magro.

Embora a nutrição represente entre 70% e 90% do custo diário, é crucial incluir na gestão outros gastos operacionais para evitar um erro de cálculo que pode custar mais de R$ 100 por cabeça no final do ciclo.

Segundo o zootecnista e consultor Mauricio Scoton, não se deve trabalhar com um custo médio de mercado, pois o custo real depende muito da realidade de cada confinamento.

O custo operacional engloba todos os valores envolvidos para sustentar a parte da alimentação, como manutenção de maquinário, mão de obra, combustível, óleo, lubrificantes e manutenção da estrutura do curral.

Confira:

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Os fatores-chave que distorcem o custo

O erro de trabalhar com um custo médio (por exemplo, R$ 3 por cabeça ao dia) pode ser um ladrão brando de lucro. O custo real deve ser apurado continuamente, pois ele depende diretamente de três fatores-chave:

  • Dimensionamento: o custo é influenciado pelo tamanho dos maquinários e pelo número de pessoas envolvidas no processo.
  • Estoque de animais: o custo operacional total é dividido pelo número de animais no confinamento. Se o pecuarista tem, por exemplo, um custo de R$ 3 por cabeça, mas está trabalhando com metade do estoque (2.500 cabeças em um confinamento de 5.000), o custo real pode subir para R$ 4 por cabeça.

O impacto financeiro de um erro de R$ 1

O especialista exemplifica o impacto de um pequeno erro de cálculo: se o custo for subestimado em apenas R$ 1 por dia por animal, o prejuízo acumulado será de R$ 100 por cabeça em um ciclo de 100 dias. Esse valor é significativo e impacta diretamente a margem.

A recomendação final do Doutor Scoton é clara: o produtor deve dimensionar os equipamentos e funcionários, e fazer o fechamento de custos todo mês para acompanhar a evolução. É um trabalho que exige disciplina e esforço, mas “para ter lucro não tem outro jeito se não for realmente exigir de nós”.

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