ESPECIALISTA RESPONDE

Qual o momento ideal de entrada dos animais numa área diferida?

Ponto de entrada dos animais na área vedada deve respeitar o planejamento de forragem acumulada para evitar superpastejo, subpastejo e prejuízos ao rebrote

O zootecnista Iorrano Cidrini alerta que a entrada dos animais na área diferida deve ser feita com base na checagem da matéria seca acumulada, garantindo equilíbrio na carga animal e bom rebrote do pasto. Foto: Divulgação.
O zootecnista Iorrano Cidrini alerta que a entrada dos animais na área diferida deve ser feita com base na checagem da matéria seca acumulada, garantindo equilíbrio na carga animal e bom rebrote do pasto. Foto: Divulgação.

O sucesso da estratégia de diferimento da pastagem se concretiza no momento da utilização, e o grande desafio do pecuarista é o ajuste preciso da carga animal. 

Na série baseada no livro “Na seca o pasto pode secar, mas o boi não”, o zootecnista Iorrano Cidrini explica que, no auge da seca, o momento ideal de entrada dos animais na área diferida exige uma checagem rigorosa do que foi planejado para evitar os riscos do superpastejo e do subpastejo.

Confira:

O diferimento, que é a vedação do pasto, requer que o produtor confira o estoque de matéria seca acumulada. Foi feito um planejamento inicial com a estimativa de demanda (número de animais, peso e tempo de utilização) versus a estimativa de produção de forragem por hectare. 

Agora, o pecuarista precisa checar o resultado final do diferimento para garantir que a quantidade de massa seca comportará a carga animal.

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Os perigos do desequilíbrio na carga animal

O equilíbrio da carga animal é fundamental, pois um erro na lotação compromete o desempenho individual e a longevidade da pastagem:

  • Superpastejo (excesso de animais): colocar animais em demasia na área diferida resulta em baixo desempenho, pois haverá falta de forragem durante a seca. Além disso, o superpastejo consome todo o estoque, reduzindo a ciclagem de nutrientes e a capacidade de manutenção do pasto para os anos seguintes.
  • Subpastejo (falta de animais): colocar animais de menos causa o acúmulo de material residual ao final da utilização. Esse material residual, composto por colmos, prejudica drasticamente o rebrote da pastagem no período das águas. A demora na rebrota pode ultrapassar 45 a 60 dias.

Buscando o equilíbrio e o bom rebrote

O pecuarista deve buscar o equilíbrio da carga. Ao encontrar esse ponto, ele garante um desempenho satisfatório por animal e maximiza a produção por hectare.

Um bom planejamento resulta em um pasto diferido com boa estrutura e uma alta proporção de folhas ainda verdes na massa. Ao ajustar a carga dos animais com base na matéria seca disponível, o produtor assegura que o pasto não será rapado, nem terá material residual em excesso, otimizando o rebrote para a próxima estação das águas.

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