A raça Santa Gertrudis está escrevendo um novo capítulo de sua história na 2ª Prova de Eficiência Alimentar, realizada na Central Bela Vista, na cidade de Botucatu (SP).
Em apenas 28 dias após a adaptação, os animais superaram em muito a meta de Ganho Médio Diário (GMD) estipulada.
A dieta foi formulada para proporcionar um GMD de 1,10 kg/dia, mas o resultado foi impressionante: a média registrada foi de 1,75 kg/dia.
Os machos foram o grande destaque, atingindo 1,84 kg/dia e encerrando o período com peso médio de 390 kg. As fêmeas também apresentaram alta performance, alcançando 1,61 kg/dia, com peso médio de 327 kg.
O supervisor de Produção e Pesquisa da Central Bela Vista, Matheus Vargas, destacou que os números reforçam o potencial produtivo da raça.
““Os resultados desta fase intermediária demonstram excelente desempenho da raça Santa Gertrudis, com ganhos acima do esperado e ótimo escore corporal, evidenciando o elevado potencial de conversão alimentar e eficiência produtiva dos animais”, disse em comunicado à imprensa.
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Eficiência genética e força em todo o Brasil
Superar a meta na metade da prova já é um indicativo de que esta edição será histórica. O superintendente técnico da Associação Brasileira de Santa Gertrudis (ABSG), Arnaldo Amstalden, ressalta que esse desempenho sinaliza a força genética e a eficiência da raça.
O Santa Gertrudis comprova sua capacidade de responder muito bem em diferentes sistemas de produção, seja a pasto ou em confinamento.
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O vice-presidente da ABSG, Gustavo Barretto, comemorou a confirmação para os criadores. “É impressionante ver esse resultado em apenas três semanas. Como criador, é a confirmação de que investir na raça é investir em eficiência e retorno econômico”, pontuou, também em comunicado.
A prova, que segue até novembro, vai avaliar os dados de consumo individual e a eficiência alimentar completa dos 59 animais em teste (24 fêmeas e 35 machos).
Rusticidade e adaptabilidade: o histórico da raça
A raça Santa Gertrudis é reconhecida por sua rusticidade e adaptabilidade. Desenvolvida nos Estados Unidos, a partir do cruzamento entre 5/8 Shorthorn e 3/8 Brahman, a raça chegou ao Brasil em 1953.
Desde então, ela se consolidou em diferentes regiões, entregando desempenho superior em sistemas a pasto e se destacando pelo alto rendimento de carcaça.
A raça está presente em 14 estados brasileiros, e a ABSG atua na promoção da genética e difusão de conhecimento técnico. A prova de eficiência em São Paulo é mais um passo para fortalecer a pecuária nacional com gado que alia alta produtividade à capacidade de adaptação.
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