A Expo Rio Preto 2025 encerrou suas atividades deixando um importante legado de conhecimento e inovação, especialmente para a pecuária de corte.
O ponto alto da feira foi o circuito InterTech Corte, dedicado à produção em confinamento, que promoveu discussões profundas sobre os desafios e oportunidades do gado produzido no cocho, reforçando a importância da tecnologia, nutrição e ciência na construção de margens mais robustas. Confira o vídeo abaixo.
O evento destacou que o confinamento é uma operação complexa que exige gestão de precisão. Em um ciclo onde 10 gramas de carcaça líquida podem ser a diferença entre lucro e prejuízo, a gestão e a liderança que inspiram e monitoram são cruciais. A programação reuniu experts do IZ (Instituto de Zootecnia) e da iniciativa privada para munir o pecuarista de informações sobre os gargalos do setor.
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Sanidade e eficiência como pilares do lucro
A sanidade foi um dos pilares mais debatidos, com foco na prevenção de doenças que causam a morbidade. O maior problema do confinamento não é a mortalidade, mas sim os animais que ficam doentes e perdem, em média, 15 kg durante o ciclo. O InterTech ressaltou que a morbidade, que pode atingir 30% do rebanho, se deve a falhas no treinamento de pessoas e nos protocolos de entrada.
Em nutrição, o recado foi claro: a melhoria da eficiência de produção é a chave para a lucratividade. Para cada ponto percentual de eficiência melhorada (conversão de alimento em carcaça), o custo da arroba produzida é reduzido. A alta lucratividade reside em buscar altos ganhos, e isso só é possível através da união indissociável da tríade de sucesso: nutrição boa, manejo bom e genética boa.
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Sustentabilidade e o futuro da pesquisa tropical
O bem-estar animal também permeou as discussões. O tema foi apresentado não apenas como uma obrigação, mas como uma atividade que deve ser parte do sistema de produção, focando em instalações e manejos que não comprometam a viabilidade econômica do negócio.
A Expo Rio Preto ainda deu visibilidade ao Neutropec, um centro de pesquisa apoiado pela FAPESP e grandes empresas como a JBS. O centro gera ciência de ponta sobre a neutralidade climática em condições tropicais, preenchendo uma lacuna de dados sobre emissão de metano no confinamento e a pasto, além do sequestro de carbono.
O trabalho do Neutropec visa comprovar, com base em dados mensurados, que a pecuária brasileira é sustentável e que está contribuindo positivamente para a mitigação de gases de efeito estufa.
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