
O agronegócio brasileiro atingiu um novo marco histórico no mercado de trabalho. De acordo com um boletim do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Esalq-USP), em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), o setor empregou 28,2 milhões de pessoas entre abril e junho de 2025.
Esse é o maior contingente já registrado desde o início da série histórica em 2012, e mostra a vitalidade do agro, que responde por 26% das ocupações no país.
Na comparação com o mesmo período de 2024, o emprego no agronegócio cresceu 0,9%, o que é o equivalente a 244 mil novas pessoas ocupadas no campo. O destaque de crescimento ficou para a cafeicultura, que ampliou em impressionantes 39% o seu quadro de mão de obra durante o período da colheita.
A pecuária também deu sua contribuição, registrando uma expansão de 3% no número de pessoas ocupadas no segundo trimestre. Isso reforça que, mesmo com a modernização, o setor de carne continua sendo um grande gerador de empregos e um pilar da economia rural brasileira.
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Formalidade e maior escolaridade no campo
O boletim do Cepea/CNA mostra que a força do emprego no agro não está apenas no volume, mas também na qualidade das ocupações. O número de empregados formais no agronegócio atingiu um recorde histórico, chegando a quase dez milhões de pessoas. Isso significa que 35% do total de trabalhadores do setor estão com carteira assinada e direitos garantidos.
A formalização crescente traz mais segurança e estabilidade para o trabalhador rural e para o pecuarista, que investe em um capital humano mais engajado. Esse movimento de formalização reflete uma maior profissionalização das atividades no campo.
Junto com a formalidade, o nível de escolaridade também segue avançando. A pesquisa apontou um crescimento na participação de trabalhadores com ensino médio e superior. Por outro lado, houve uma queda na presença de profissionais que têm apenas o ensino fundamental. O agro exige cada vez mais conhecimento técnico e gerencial.
O desafio do pecuarista: investir em capacitação
Os dados são um recado claro para o pecuarista: o mercado de trabalho está mudando. O recorde de empregos e a valorização do profissional formal e mais escolarizado exigem um novo olhar sobre a gestão de pessoas na fazenda.
Investir na capacitação e na retenção de talentos é crucial para a produtividade da pecuária. Os trabalhadores com mais escolaridade têm maior capacidade de absorver e aplicar novas tecnologias, como o manejo de precisão e as inovações genéticas.
O agronegócio brasileiro está se consolidando como um setor que não só gera milhões de postos de trabalho, mas que também oferece empregos de qualidade. Para manter a competitividade, a fazenda deve se adaptar a essa realidade, tratando a equipe como o ativo mais valioso da produção.
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