Lotes engordados em boiteis ganharam média de 9@ em até 110 dias em 2020

Segundo zootecnista responsável por operações de boiteis em Confresa, Lucas do Rio Verde e Nova Canaã do Norte, em MT, GMD registrado foi de 1,2 kg/cabeça/dia

Além do bom volume de animais terminados no cocho, 2020 foi positivo também para a engorda intensiva do ponto de vista técnico. Em entrevista ao Giro do Boi nesta quinta, 28, o zootecnista e especialista em produção de ruminantes Thiago Maluf, responsável pela operação das unidades mato-grossenses dos Confinamentos JBS, destacou o desempenho dos animais na média do ano que passou.

“A gente está com uma parceria muito sólida não só no Mato Grosso, mas em todas as unidades dos Boiteis JBS pelo Brasil. A gente encerrou 2020 com um resultado muito bom para ambas as partes, tanto para a companhia como para os pecuaristas, fechando com uma média de ganho de carcaça de 1,2 kg por dia, colocando quase 9@ por animal”, revelou. De acordo com o profissional o ganho foi adquirido em um período médio de 100 a 110 dias em cocho.

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Maluf confirmou também que as unidades operaram durante o ano inteiro, inclusive na volta do período chuvoso, já disponibilizando a engorda do boi das águas. “O boi das águas tem aquele receio de não se confinar na época das chuvas, mas basta a gente se preparar com estrutura bem feita, com pessoal dedicado e acompanhamento técnico. Esse boi águas apresenta as suas dificuldades, mas é uma operação completamente viável”, assegurou.

Segundo o zootecnista, a engorda do boi das águas em boitel atende o produtor que deseja se planejar para não pressionar as pastagens demais agora e ficar com maior restrição de forrageira na próxima entressafra.

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‘“Os currais de todas as unidades (Lucas do Rio Verde, Confresa e Nova Canaã do Norte estão todos praticamente cheios […] Em algumas das plantas, a gente está com fila de espera. O pecuarista que fez negócios no ano passado já está se programando, já está montando o calendário para enviar boi o ano inteiro para os boiteis e a gente tem os pecuaristas novos que vêm através das nossas chamadas no Giro do Boi, da divulgação que a gente faz, do trabalho também da originação. Eles estão querendo colocar boi esse ano. E agora é hora de decidir porque o boi magro que está na fazenda, e eu não estou falando da cabeceira, mas do boi magro que está na fazenda agora, é o boi que vai ser terminado na seca se ele ficar na propriedade. Então é esse o boi que vai apertar o pasto”, alertou.

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Maluf informou que o primeiro pico de lotação dos boiteis no ano ocorre em abril, portanto os produtores já estão fazendo reservas de baias para evitar superlotação da fazenda na transição das águas para a seca. “Ele (confinamento) tem o pico de lotação a partir de abril para fazer os abates do final do primeiro semestre e início do segundo”, acrescentou.

Maluf comentou as modalidades de negócios oferecidas ao produtor – diária, parceria, arrobas engordadas e ração por quilo – e pinçou os benefícios comuns a todas elas. “A grande vantagem para o pecuarista, sobretudo em ano de arroba valorizada, como esse, e de milho caro, que a gente não tem previsão de preço, é o desembolso zero. O pecuarista vai embarcar o boi para a gente, a gente vai fazer todo o processo de engorda, nós arcamos com o custo da engorda e, na hora do abate, a gente repassa o lucro para ele. O acerto que ele faz com o confinamento é somente quando ele receber do frigorífico”, salientou.

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“Tem subsídio até no frete e a garantia de que a gente sabe o que está fazendo, acompanhamento técnico, insumos de primeira qualidade, dieta muito bem feita, processos muito bem definidos, protocolos sanitários e nutricionais, com os quais a gente garante o resultado”, sustentou. O zootecnista observou ainda que a companhia assume mortes e rejeitos de cocho a partir do momento que os animais embarcam nos veículos da transportadora do grupo.

Maluf revelou ainda que os boiteis estão prontos para ajudar o produtor também com a engorda de fêmeas – novilhas ou vacas. “A gente está trabalhando também com uma captação maior de fêmeas, então estamos entrando em negócios de novilhas, de acabamento de vacas. O negócio hoje está afinado para viabilizar o ano do pecuarista”, afirmou.

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O contato para os interessados em reservar baias ou saber mais informações sobre modelos de negócios em qualquer das unidades dos Confinamentos JBS (Rio Brilhante e Terenos-MS; Guaiçara e Castilho-SP; Campo Florido-MG; Lucas do Rio Verde, Nava Canaã do Norte e Confresa-MT) pode ser feito pelo e-mail [email protected].

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Assista no player a seguir a entrevista completa com Thiago Maluf: