PLANEJAMENTO SANITÁRIO NA SECA

Pré-desmama é uma transição crítica para a imunidade do gado! Saiba como driblar isso

Entenda os desafios e as estratégias de manejo e vacinação para evitar perdas e garantir o desenvolvimento saudável do gado. Assista ao vídeo

Pré-desmama é uma transição crítica para a imunidade do gado! Saiba como driblar isso
Pré-desmama é uma transição crítica para a imunidade do gado! Saiba como driblar isso

Pecuaristas, o período de pré-desmama é uma transição crítica na vida do bezerro. É nesse momento que a imunidade do gado é mais desafiada, tornando-o suscetível a diversas doenças. Quer proteger seus bezerros e garantir um rebanho mais resistente? Assista à entrevista completa abaixo!

Um estudo do Grupo ETCO da Unesp de Jaboticabal e da empresa BE.Animal revelou que a taxa de mortalidade de bezerros no Brasil, do nascimento ao desmame, pode chegar a 10%, principalmente devido a doenças e acidentes de manejo.

Nesta segunda-feira, 7 de julho, o programa Giro do Boi encerrou sua série especial sobre planejamento sanitário na seca com o médico-veterinário Miguel Tomaz, supervisor comercial da Vet BR (distribuidora dos produtos Boehringer Ingelheim).

Direto de Perdões, Minas Gerais, Tomaz destacou a importância de um manejo integrado de prevenção de doenças, capacitação da equipe e bem-estar animal. 

Desafios da pré-desmama e a queda da imunidade

Bezerros em fase de desmama no curral. Foto: Reprodução

A seca e o frio, comuns no período atual, intensificam os desafios para as pastagens e, consequentemente, para o gado.

O capim perde qualidade e a ingestão de nutrientes pode diminuir, impactando a imunidade dos animais, especialmente os bezerros na fase de pré-desmama.

Nesse período, o bezerro, que é o animal mais sensível da fazenda, passa por diversas transições:

  • Fim da imunidade passiva: A proteção conferida pelo colostro começa a diminuir.
  • Estresse do desmame: A separação da mãe é um momento de estresse que pode baixar a imunidade.
  • Novas dietas e ambientes: A adaptação a novos alimentos e a um ambiente diferente do pé da vaca.

Esses fatores tornam os bezerros mais vulneráveis a infecções severas, como as clostridioses, vermes internos e externos, e doenças respiratórias.

Estratégias de vacinação e vermifugação

Bovinos em fase de recria a pasto. Foto: Reprodução
Bovinos em fase de recria a pasto. Foto: Reprodução

Para driblar os desafios da pré-desmama, Miguel Tomaz enfatiza a importância de um calendário sanitário bem planejado e aplicado com antecedência:

  • Vacinação pré-desmame: Recomenda-se vacinar os bezerros contra clostridioses e raiva quando eles têm entre 3 e 5 meses de idade. Essas vacinas exigem dose e reforço (entre 21 e 45 dias, idealmente com 30 dias) para terem eficiência. Não é indicado vacinar no dia do desmame devido ao estresse.
  • Vermifugação: Realizar a vermifugação dos bezerros a partir dos três meses de idade, pois antes disso o contato com a forrageira e o desafio de verminose são menores. Produtos de longa ação, como o Ivomec Gold, são indicados para manter a sanidade nesse período de estresse.
  • Vacas no terço final de gestação: A vermifugação das matrizes nesse período ajuda a “limpar” o ambiente onde os futuros bezerros nascerão, reduzindo a contaminação parasitária.

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O manejo racional no desmame

Os bezerros no novo pasto a após três dias lado a lado com as mães. Foto: Rafaela Davi
Os bezerros no novo pasto a após três dias lado a lado com as mães. Foto: Rafaela Davi

O desmame é um momento de estresse para bezerros e vacas. É fundamental que esse manejo seja feito com racionalidade e bem-estar animal.

Miguel Tomaz, seguindo os preceitos do saudoso Dr. Mateus Paranhos, ressalta a importância do desmame lado a lado, sem gritaria, permitindo que mãe e filho se separem da forma mais tranquila possível. Um manejo cuidadoso evita estresse desnecessário, que pode comprometer a imunidade do bezerro.

Sanidade em confinamento e a importância do planejamento anual

Bovinos em área de confinamento. Foto: Reprodução
Bovinos em área de confinamento. Foto: Reprodução

Para animais que vão para engorda em confinamento ou em Terminação Intensiva a Pasto (TIP), os protocolos sanitários são diferenciados:

  • Confinamento: Os animais presos e concentrados exigem um protocolo específico para doenças respiratórias e outras enfermidades de aglomeração. Vacinação na entrada e tratamento com anti-inflamatórios como o Metacam (dose única) são eficazes.
  • TIP: Animais a pasto estão mais suscetíveis a carrapatos e moscas, e o protocolo deve considerar produtos de menor período de carência.

A Vet BR e a Boehringer Ingelheim oferecem consultores em todo o Brasil para auxiliar os pecuaristas na elaboração de um calendário sanitário personalizado.

Ter uma visão anual do manejo e das necessidades de cada fase permite um planejamento de compras mais eficiente e a aquisição de medicamentos na época certa, garantindo uma pecuária mais forte e lucrativa.

A palavra-chave é antecipação: “sempre estamos pensando três, quatro, cinco meses, um ano, dois anos à frente”.

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