
A terminação intensiva a pasto (TIP) tem se consolidado como uma alternativa eficiente e econômica ao confinamento tradicional. Assista ao vídeo abaixo e confira essa história.
Para o pecuarista e empresário Victor Darido, da Fazenda Água Preta, no Vale do Paraíba (SP), o sistema é altamente viável para quem busca bons resultados na engorda com menor investimento operacional, principalmente quando há boa disponibilidade de forragem e planejamento adequado.
Respondendo à dúvida enviada pelo também pecuarista Gustavo Félix, de Belo Horizonte (MG), no quadro Giro do Boi Responde, Darido destacou que a principal vantagem da TIP está na simplicidade do manejo e na flexibilidade alimentar, com resultados em carcaça semelhantes aos do confinamento.
“A gente consegue bons ganhos com um operacional mais simples e custos mais baixos, especialmente se aproveitarmos os insumos disponíveis na região”, afirmou.
Vantagens da TIP: economia, flexibilidade e simplicidade
Segundo Victor Darido, no confinamento tradicional há necessidade de fracionar tratos e lidar com estrutura mais complexa, o que exige mais mão de obra e investimento.
Já na TIP, é possível realizar um único trato diário, com dieta adaptável e uso de cocho simples, até mesmo no chão, dependendo da época do ano.
Outro ponto forte está na versatilidade da dieta, que permite ao produtor utilizar uma grande variedade de insumos, de acordo com a realidade de preços e disponibilidade local. Com isso, o pecuarista ganha flexibilidade para equilibrar custos sem comprometer o desempenho do rebanho.
Melhor época para fazer TIP? Depende da sua estratégia
A TIP pode ser utilizada em qualquer época do ano, mas cada estação tem seus pontos fortes e desafios. Durante o período das águas, o pasto tem melhor qualidade e maior disponibilidade, o que reduz o consumo de ração e melhora a margem de lucro.
“A vaca come mais pasto e menos ração, o que diminui o custo por arroba produzida”, explica Darido.
Por outro lado, o excesso de chuva pode prejudicar a conservação da ração, especialmente se o produtor não tiver cochos cobertos. Isso exige uma leitura de cocho muito bem ajustada, para evitar desperdício e risco de intoxicação.
Acompanhe todas as atualizações do site do Giro do Boi! Clique aqui e siga o Giro do Boi pela plataforma Google News. Ela te avisa quando tiver um conteúdo novo no portal. Acesse lá e fique sempre atualizado sobre tudo que você precisa saber sobre pecuária de corte!
E na seca, funciona? Sim, com planejamento
Durante a estação seca, o desafio é a menor oferta de forragem, o que exige maior suplementação. No entanto, como há menos chuva, o fornecimento de ração torna-se mais seguro, mesmo com estrutura simples.
“Na seca a gente fornece ração com mais tranquilidade, sem risco de chuva atrapalhar”, aponta o pecuarista.
A chave do sucesso, segundo Victor, está no planejamento forrageiro. Ter pastagem disponível e saber equilibrar o fornecimento de ração conforme a condição do capim são fatores decisivos para garantir bons ganhos, independentemente da estação.
Resultado prático: TIP dá retorno o ano inteiro
Na Fazenda Água Preta, a TIP é usada o ano todo e tem proporcionado excelentes resultados.
“Com boa forragem e manejo correto, conseguimos desempenho semelhante ao confinamento, com investimento menor”, garante Darido.
A experiência do produtor mostra que a estratégia pode ser adotada com sucesso por quem busca eficiência sem comprometer o caixa da fazenda.
Ele conclui dizendo que compartilhar essas práticas nas redes sociais faz parte do compromisso em levar informação de qualidade aos produtores.
“É uma tecnologia simples, viável e adaptável à realidade de muitos pecuaristas no Brasil”, resume.
News Giro do Boi no Zap!
Quer receber o que foi destaque no Giro do Boi direto no seu WhatsApp? Clique aqui e entre na comunidade News do Giro do Boi.