A tradicional Fazenda Santa Gina, berço da genética Nelore Mocho CV, enfrentou de frente um dos maiores desafios para a pecuária da região oeste de São Paulo: o controle do algodão-de-seda (Calotropis procera), também conhecido como saco de bode. Assista ao vídeo abaixo e confira os detalhes desta história.
Essa planta daninha é considerada de controle extremo, altamente resistente e de rápida dispersão.
Para combatê-la, a fazenda uniu forças com a Sumitomo Chemical, multinacional japonesa com mais de 400 anos de história e cinco décadas de atuação no Brasil. Juntas, as duas potências construíram uma das maiores parcerias da nossa pecuária.
Segundo Ricardo Viacava “Cadão”, pecuarista à frente do Nelore Mocho CV, a planta passou a tomar conta dos pastos da região com uma velocidade alarmante.
“É um problema grave. Estamos há mais de 40 anos na região e nunca vimos algo assim. A semente dela voa quilômetros”, alerta Cadão.
Após inúmeras tentativas frustradas, a parceria com a Sumitomo finalmente trouxe uma solução eficaz, baseada em diagnóstico de campo, capacitação da equipe e aplicação precisa dos produtos.
Tecnologia japonesa no campo brasileiro contra as daninhas
O engenheiro agrônomo José Borba Junior, da Sumitomo Chemical, explicou que o algodão-de-seda é uma planta com folhas cerosas, raiz profunda e sementes que se espalham facilmente pelo vento.
“Ela sobrevive à seca e sufoca o capim. É uma praga de difícil erradicação. Mas nós temos tecnologia para isso”, afirma.
A chave foi um manejo personalizado, iniciado com diagnóstico técnico e treinamento do time da fazenda para garantir aplicação eficaz dos herbicidas.
“Cada caso exige um plano próprio, e a equipe da Nelore CV foi muito eficiente na execução do controle”, completa Borba.
Resultados concretos no pasto da Nelore Mocho CV
Willians de Angelo, gerente de produção da Nelore CV, conta que o trabalho começou com um experimento.
“Fizemos um teste em um dos pastos. Quando vimos que funcionou, partimos para um mutirão. Eliminamos muitas plantas e agora seguimos tratando o rebrote. É uma guerra constante, mas com método e persistência a gente consegue”, destaca.
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A planta daninha continua a surgir, mas com a continuidade do manejo, o cenário mudou.
A Sumitomo recomendou reforçar o combate no período da seca, quando a planta está mais vulnerável, o que já está sendo feito pela equipe técnica da fazenda.
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Manejo de pasto com visão de lavoura
Para Cadão Viacava, o controle de invasoras deve ser visto com a mesma seriedade de uma lavoura.
“Nosso pasto é a lavoura e o boi é a colheitadeira. Se a área estiver tomada de praga, não produz. É questão de produtividade por hectare. Agora acertamos o manejo com apoio da Sumitomo. Estamos satisfeitos com o resultado”, celebra o pecuarista.
Essa parceria fortalece não só o negócio da família Viacava, como serve de exemplo para produtores de todo o Brasil, que convivem com o avanço do algodão-de-seda.
A experiência da Nelore CV mostra que tecnologia, assistência técnica de ponta e atitude proativa são os caminhos para preservar o valor da terra e a produtividade da pecuária.
Um legado que alia genética e inovação
Com quase 40 anos de seleção genética e mais de 20 mil touros comercializados, o Nelore Mocho CV já é reconhecido pela rusticidade, precocidade e fertilidade dos seus animais.
Agora, com essa iniciativa de manejo integrado das pastagens, mostra que a eficiência começa no solo. Como disse Cadão:
“De nada adianta ter genética de ponta e deixar o pasto ser tomado por invasoras”, diz Cadão.
Essa grande parceria entre Sumitomo Chemical e Nelore Mocho CV reafirma o compromisso da pecuária moderna com tecnologia, sustentabilidade e rentabilidade.
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