
No quadro “Giro do Boi Responde” desta segunda-feira, 14 de abril, o médico-veterinário Matheus Lopes, da equipe técnica da Elanco Saúde Animal, respondeu a uma dúvida que preocupa muitos pecuaristas: a morte de bezerros logo após o nascimento, mesmo com cuidados sanitários adequados. Assista ao vídeo abaixo e confira.
A pergunta veio de Paulo De Luca, criador de Nelore, Brangus e Sindi no Sul de Minas Gerais.
O produtor relatou que tem perdido alguns bezerros recém-nascidos, mesmo adotando medidas como a cura do umbigo no mesmo dia do nascimento e a administração do medicamento Baycox, utilizado na prevenção de diarreias.
O caso levantou um alerta importante sobre o que pode estar por trás das diarreias neonatais. Matheus Lopes esclareceu que o Baycox (usado no controle da coccidiose, provocada por protozoários do gênero Eimeria) é eficaz a partir dos 21 a 30 dias de vida do animal.
Causas mais prováveis: vírus e bactérias
Diarreias nos primeiros dias de vida geralmente têm origem viral ou bacteriana. Segundo o especialista, os agentes mais comuns são:
- Vírus: Rotavírus e Coronavírus
- Bactérias: Escherichia coli (coliformes)
Esses microrganismos comprometem o sistema digestivo do bezerro e, se não houver controle rápido, levam à desidratação intensa, principal fator de mortalidade nesses casos.
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Prevenção começa na mãe
Para proteger os bezerros, a vacinação das vacas nos últimos 60 dias de gestação é uma estratégia eficiente.
Isso fortalece a imunidade passiva, passada ao bezerro por meio do colostro, o primeiro leite materno. É essencial que o bezerro mame o colostro logo nas primeiras horas de vida.
Manejo correto evita perdas
Além da vacinação, Lopes recomenda:
- Hidratação constante dos bezerros – especialmente em casos de diarreia.
- Uso de hidratantes orais, como o Glutellac, de fácil aplicação.
- Em situações mais graves, uso de antibiótico de ação rápida, como o Kinetomax, sempre sob orientação de um profissional.
Diagnóstico com veterinário é fundamental
O especialista reforça que, diante de mortalidade neonatal frequente, é indispensável chamar um médico-veterinário de confiança para realizar um diagnóstico preciso e estabelecer um protocolo de prevenção adequado à realidade da fazenda.
“Identificar o inimigo é o primeiro passo para uma estratégia eficaz. Só assim conseguimos proteger a próxima geração do rebanho com mais segurança e rentabilidade”, concluiu Matheus Lopes.
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