ÍNDICE DE INFLAÇÃO DE BOVINOS

Confinamento: saiba quais os custos que mais pesam na produção da arroba!

Especialista alerta que alimentação e custo do milho são principais desafios para a rentabilidade do confinamento em 2025. Assista ao vídeo

Confinamento: saiba quais os custos que mais pesam na produção da arroba!
Confinamento: saiba quais os custos que mais pesam na produção da arroba!

Com a chegada da época de seca, cresce a atenção do produtor para o confinamento bovino. No entanto, o pecuarista precisa estar atento aos custos que mais impactam a produção da arroba. Assista ao vídeo abaixo e confira.

Segundo o doutor em Zootecnia Gustavo Sartorello, um dos criadores do Índice de Custos do Boi Confinado (ICBC), os gastos com alimentação são os que mais pesam no bolso do produtor.

Em entrevista ao programa Giro do Boi, Sartorello destacou que a alimentação representa atualmente o maior desafio para o confinador.

A última edição do ICBC, publicada recentemente pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (USP), apontou aumento significativo dos custos:

  • São Paulo: aumento de 8% entre fevereiro e março, com custo diário por animal chegando a R$ 21,30.
  • Goiás: aumento ainda maior, de 10,5%, elevando o custo diário para R$ 18,55.

Clique aqui e veja o relatório completo dos custos de confinamento do mês de março deste ano.

Milho caro é o principal vilão

Híbrido de milho. Foto: Divulgação
Híbrido de milho. Foto: Divulgação

Segundo Sartorello, o milho, principal componente da dieta dos bovinos confinados, teve forte alta e continua pressionando os custos.

Embora exista expectativa de queda no preço com a chegada da safrinha, atualmente esse insumo ainda é uma preocupação central para o produtor.

“O preço do milho atual aperta bastante a margem dos confinadores. É preciso acompanhar de perto as oportunidades para comprar insumos mais baratos e fazer uma gestão rigorosa dos custos”, explicou Sartorello.

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Gestão financeira ainda é gargalo

Outro ponto crítico revelado pelo especialista é que, segundo o último relatório do Confina Brasil, feito pela Scot Consultoria, mais da metade dos confinadores brasileiros não realiza uma gestão financeira adequada.

Dos 240 confinadores consultados:

  • Apenas 54% têm gestão financeira completa.
  • Os demais fazem controle parcial ou não realizam gestão alguma.

Gustavo Sartorello alerta para a gravidade desse cenário:

“No confinamento, qualquer erro pode ser fatal para o negócio, pois os custos são elevados e não há margem para falhas. Por isso, a gestão financeira é fundamental.”

Taxa Selic e impacto na produção

Além dos custos diretos com alimentação e manejo, o especialista também destacou que o aumento da taxa básica de juros (Selic), atualmente em 14,25% ao ano, eleva o custo de oportunidade do capital investido.

Com isso, cresce ainda mais a necessidade do confinador de ser eficiente e estratégico nas suas decisões econômicas.

Recomendações para garantir rentabilidade

Para alcançar bons resultados no confinamento este ano, Sartorello recomenda:

  • Planejamento antecipado: acompanhar os preços futuros do milho e da arroba.
  • Comprar estrategicamente: adquirir insumos nos momentos de baixa de mercado.
  • Animais de qualidade: investir em genética para melhorar conversão alimentar e acelerar o giro de capital.
  • Gestão financeira rigorosa: controlar todos os custos com precisão para garantir rentabilidade e minimizar riscos.

Desta forma, é possível enfrentar os desafios e manter a atividade de confinamento lucrativa em 2025. Clique e faça o download do arquivo para você desenvolver a planilha de custos de bovinos confinados da sua fazenda.

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