A gestão de pessoas é um dos maiores desafios enfrentados pelo agronegócio. Ter uma equipe motivada e comprometida com os objetivos da fazenda passa, obrigatoriamente, pela estruturação de um bom plano de cargos e salários, além de estratégias para retenção de talentos e incentivo ao crescimento profissional. Assista ao vídeo abaixo e confira esta história.
No quadro “A Protagonista”, série do programa Giro do Boi que destaca as mulheres do agro, a especialista em gestão de pessoas Jack Lubaski, que soma mais de 27 anos de experiência no setor, compartilhou estratégias essenciais para transformar a administração de equipes nas fazendas.
Como evitar desmotivação ao contratar novos funcionários
Um dos desafios mais comuns na gestão de pessoas no campo é evitar o descontentamento de funcionários antigos ao contratar novos colaboradores para a mesma função e com salário equivalente. Segundo Jack Lubaski, existem formas eficientes de resolver essa questão.
“O ideal é estruturar um plano de cargos com níveis de crescimento horizontal, além de políticas de premiação por tempo de casa. Um colaborador que está na fazenda há cinco anos pode receber um percentual adicional sobre o salário base. Outra alternativa é fazer avaliações de desempenho periódicas, permitindo que ele suba de nível dentro da função, recebendo aumentos progressivos”, explica a especialista.
Essa estratégia, além de garantir transparência e equidade salarial, proporciona maior engajamento dos trabalhadores, reduzindo a rotatividade e fortalecendo a cultura organizacional da propriedade.
Previdência rural: burocracia prejudica trabalhadores do campo
Outro grande problema enfrentado no setor agropecuário é a dificuldade no acesso a benefícios previdenciários quando um funcionário sofre um acidente de trabalho ou precisa se afastar por motivo de saúde.
De acordo com Jack Lubaski, as reformas na Previdência e a digitalização do atendimento dificultaram ainda mais o processo para os trabalhadores rurais.
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“O colaborador que precisa de auxílio-doença ou afastamento por acidente de trabalho enfrenta longas filas de espera para a perícia do INSS, que pode demorar mais de seis meses para ser agendada. Nesse período, ele fica sem receber salário e muitas vezes passa necessidade, pois a empresa só é obrigada a pagar os primeiros 15 dias de afastamento. Após esse período, o pagamento passa a ser responsabilidade do INSS”, alerta a especialista.
Outro problema é a falta de familiaridade do trabalhador rural com a digitalização dos serviços públicos. Muitos não sabem acessar o aplicativo da Previdência ou criar login no GOV.BR, dificultando o processo de solicitação de benefícios.
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Soluções para melhorar a gestão de pessoas no agro
Para enfrentar esses desafios, Jack Lubaski reforça que os gestores precisam ser proativos e criar estratégias para garantir um ambiente de trabalho mais justo, motivador e eficiente. Entre as principais recomendações, destacam-se:
- Criar um plano de cargos e salários estruturado, com diferenciação por tempo de serviço e avaliações de desempenho;
- Oferecer treinamentos constantes, incentivando o crescimento profissional dos colaboradores;
- Acompanhar de perto a saúde dos funcionários, garantindo acesso mais rápido aos serviços previdenciários e auxiliando na resolução de problemas burocráticos;
- Investir em um ambiente de trabalho transparente e motivador, reforçando a valorização da equipe.
Com esses ensinamentos, os produtores rurais podem transformar a gestão de pessoas nas fazendas, garantindo equipes mais satisfeitas, produtivas e comprometidas com os resultados do negócio. Para se inteirar mais sobre as histórias inspiradoras clique aqui e acesse o site do projeto A Protagonista.
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