SUPLEMENTAÇÃO NAS ÁGUAS

Pasto e cocho: conheça as melhores estratégias para suplementar o gado nas águas

O zootecnista e consultor Matheus Moretti revela as melhores práticas para potencializar o ganho de peso, ajustar o consumo e otimizar o uso do pasto. Assista ao vídeo

Pasto e cocho: conheça as melhores estratégias para suplementar o gado nas águas
Pasto e cocho: conheça as melhores estratégias para suplementar o gado nas águas

No verde exuberante das águas, o pasto cresce vigoroso, mas nem sempre sozinho dá conta do recado. A suplementação estratégica nessa época do ano é a chave para maximizar o desempenho do rebanho, garantindo que cada arroba seja produzida com eficiência. Assista ao vídeo abaixo e confira as recomendações completas.

Mas como definir a melhor estratégia? O zootecnista e consultor Matheus Moretti revela as melhores práticas para potencializar o ganho de peso, ajustar o consumo e otimizar o uso do pasto.

Pasto farto, mas suplementação essencial

Muitos pecuaristas acreditam que o pasto das águas é suficiente para atender todas as necessidades nutricionais do gado, mas isso é um erro.

Nenhuma pastagem, por melhor que seja, fornece todos os minerais e proteínas na medida ideal. Segundo Moretti, a suplementação é uma necessidade constante.

“O solo brasileiro, de maneira geral, é pobre em minerais, e o pasto reflete essa deficiência”, explica.

Nesse cenário, o desafio do produtor é escolher a suplementação correta, sem desperdícios, mas garantindo o máximo de produtividade.

Metas de ganho de peso: o ponto de partida

Antes de definir o tipo de suplementação, o pecuarista precisa estabelecer metas de GMD (Ganho Médio Diário). Moretti alerta que ter um objetivo claro faz toda a diferença.

“Se a meta da recria for de sete arrobas, isso significa que o animal precisa ganhar 575g por dia. O planejamento nutricional tem que garantir essa evolução, com equilíbrio entre pasto e suplemento”, detalha.

As estratégias de suplementação para as águas

Moretti destaca três principais tipos de suplementação para esse período:

Sal mineral e sal aditivado – Básico e indispensável, corrige deficiências minerais e pode conter aditivos que favorecem o desempenho.

Mineral enriquecido ou adensado – Uma opção intermediária entre o sal mineral comum e os proteinados. Tem consumo médio de 0,05% do peso vivo do animal, oferecendo mais nutrientes sem grandes custos.

Proteinados e proteico-energéticosQuando a meta é alto desempenho e maior lotação da área, essas suplementações entram em cena. São consumidos em doses maiores e corrigem deficiências do pasto, permitindo ganho adicional expressivo.

“Não existe certo ou errado, a escolha depende do objetivo da fazenda e da disponibilidade de pasto”, enfatiza o especialista.

O que influencia o desempenho do rebanho?

🔹 Lotação – Um sistema bem manejado aumenta a produção de arrobas por hectare, otimizando o uso do pasto.

🔹 Efeito substitutivo – Quando o consumo de suplemento aumenta, o consumo de pasto pode diminuir. Saber equilibrar essa relação é fundamental para a eficiência econômica.

🔹 Ajuste da dieta conforme o período – A qualidade do capim varia ao longo do ano, por isso é preciso monitorar a suplementação constantemente.

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O segredo está nas fezes do gado

Vaqueiro na lida com o rebanho. Foto: Wenderson Araujo/CNA
Vaqueiro na lida com o rebanho. Foto: Wenderson Araujo/CNA

Acredite, a leitura do escore de fezes pode ser um termômetro poderoso da nutrição do rebanho. Se as fezes estão fibrosas demais, pode ser sinal de pasto passado, pobre em proteína. Se estão muito líquidas, há risco de desequilíbrio ruminal.

“Se o pecuarista observar que as fezes começaram a anelar, é hora de aumentar a proteína do suplemento”, ensina Moretti. Pequenos ajustes podem evitar perdas e garantir que o rebanho esteja sempre no melhor desempenho possível.

Suplementação significa planejamento!

Suplementar o gado nas águas não significa apenas oferecer suplemento no cocho, mas sim ter um planejamento que respeite a capacidade do pasto, as metas de desempenho e a viabilidade econômica.

O produtor que entende a relação entre pasto e cocho colhe mais arrobas e maior rentabilidade. Como diz Moretti, o segredo está nos detalhes – e no cocho bem manejado!

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