Pecuaristas do Norte e Nordeste devem se preparar para um período de chuvas intensas nos próximos dias. Segundo o meteorologista Arthur Müller, no quadro Giro do Tempo, algumas regiões podem registrar acumulados superiores a 200 mm entre os dias 6 e 20 de fevereiro. Assista ao vídeo abaixo e confira a previsão completa.
Esse volume pode trazer dificuldades para os trabalhos no campo, mas também contribui para a recuperação dos pastos e a reposição hídrica do solo.
A previsão indica que o norte do Maranhão, norte do Piauí e a faixa oeste do Pará serão as áreas mais afetadas, com volumes acima de 150 mm em apenas cinco dias. Essa condição pode causar alagamentos e dificultar o manejo do gado, especialmente em fazendas de cria e recria.
Impactos no manejo e no desempenho do gado
As chuvas intensas podem atrapalhar a logística das fazendas, impactando a suplementação do rebanho, o transporte de animais e a manutenção das pastagens.
No entanto, Müller destaca que a água acumulada ajudará a revitalizar o solo, o que pode beneficiar a produção forrageira nas semanas seguintes.
Além disso, a elevação da umidade e o aumento da lama nas áreas de pastagem podem favorecer o surgimento de doenças no gado, exigindo atenção especial dos pecuaristas. O monitoramento da saúde dos animais e a oferta de locais secos para descanso são essenciais para evitar problemas sanitários.
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Temperaturas elevadas e estresse térmico no Sul
Enquanto o Norte e Nordeste enfrentam chuvas intensas, o Rio Grande do Sul seguirá com temperaturas extremamente elevadas nos próximos dias. A previsão aponta máximas entre 36°C e 39°C, aumentando o risco de estresse térmico para o gado, especialmente em confinamentos.
Já no Centro-Oeste, Matopiba e interior de São Paulo, as temperaturas devem oscilar entre 27°C e 31°C, um cenário menos preocupante para a pecuária, mas que ainda exige cuidados com a oferta de sombra e água para os animais.
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Planejamento é essencial para minimizar perdas
Diante desse cenário climático adverso, pecuaristas devem se preparar para os desafios das próximas semanas. Entre as recomendações, destacam-se:
- Monitorar o solo e a drenagem das áreas de pastagem para evitar encharcamento excessivo.
- Garantir o acesso do gado a locais secos para minimizar o impacto da umidade.
- Reforçar o controle sanitário para evitar doenças associadas ao excesso de chuva.
- Acompanhar a previsão do tempo para ajustar o manejo do rebanho e a logística das fazendas.
Apesar das dificuldades operacionais, a reposição hídrica pode beneficiar a pecuária a longo prazo, garantindo a recuperação das pastagens e o bom desenvolvimento da produção forrageira após o período chuvoso.
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