A cerca elétrica vem ganhando cada vez mais espaço na pecuária brasileira. Além de ser mais barata que a convencional, ela melhora o aproveitamento do pasto e facilita o manejo do gado. Assista ao vídeo abaixo e confira as recomendações.
O médico-veterinário Ernesto Coser, da Datamars Tru-Test, explica que a tecnologia permite um pastejo mais eficiente, reduz desperdícios e aumenta a capacidade de suporte da fazenda.
Manejo inteligente para aproveitar melhor o pasto
A origem da cerca elétrica vem da Nova Zelândia, onde é usada há mais de 80 anos para otimizar o aproveitamento das pastagens.
No Brasil, muitos pecuaristas ainda têm dúvidas sobre seu uso, mas Coser reforça que a ferramenta é sustentável, moderna e reduz custos.
“Com uma cerca convencional, o produtor precisa de postes a cada quatro metros. Já a cerca elétrica pode ter espaçamento de até 50 metros entre postes, o que reduz significativamente o uso de madeira e o custo de instalação”, explica.
Além disso, a cerca elétrica permite um controle preciso do pastejo. Quando o gado tem acesso livre ao pasto, ele tende a comer primeiro a parte mais próxima do bebedouro, degradando essa área e deixando pasto passado em regiões mais distantes.
Com o uso de piquetes menores e cerca elétrica móvel, o produtor pode direcionar o consumo, garantindo que o gado aproveite melhor todo o pasto disponível.
Redução de custos e aumento da produtividade
Um dos principais benefícios da cerca elétrica está no custo.
“Uma cerca convencional pode chegar a R$ 20 mil por quilômetro, enquanto a elétrica varia entre R$ 3 mil e R$ 4 mil por quilômetro, dependendo da estrutura utilizada”, destaca Coser.
Além disso, a eficiência da cerca elétrica já foi comprovada por imagens de satélite e estudos acadêmicos. Com o manejo correto, é possível aumentar a lotação da fazenda sem prejudicar a qualidade da pastagem.
Outro ponto importante é a tecnologia dos eletrificadores. Com equipamentos bem dimensionados, é possível manter a eficácia da cerca mesmo em áreas com vegetação densa. A alimentação pode ser feita por tomada ou por placas solares, garantindo autonomia e segurança no campo.
O futuro da cerca elétrica na pecuária brasileira
Coser enfatiza que a cerca elétrica ainda é pouco estudada nas universidades e muitos produtores não conhecem seu verdadeiro potencial.
“O maior problema não é a tecnologia, e sim o uso incorreto. Quem faz errado, tem prejuízo e acaba desacreditando da ferramenta”, alerta.
Com um bom planejamento, a cerca elétrica pode transformar o manejo da pecuária, tornando-o mais eficiente, econômico e sustentável. Para os pecuaristas que desejam melhorar o aproveitamento do pasto e reduzir custos, essa tecnologia se mostra como uma solução moderna e acessível.
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