A estrutura do pasto, especialmente a proporção entre folha e colmo, desempenha um papel central no desempenho dos bovinos. Assista ao vídeo abaixo e confira os detalhes.
Durante o Feedlot Summit Brazil 2024, em Goiânia, o professor Paulo Cesar Carvalho, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, abordou como o manejo adequado da pastagem, com foco na estrutura e altura ideais do pasto, influencia diretamente o consumo e o ganho de peso dos animais.
Segundo ele, “todo o ganho de peso ou produção de leite que se espera tirar do pasto começa pela estrutura dele, que define a ingestão e a qualidade do que é consumido”.
Altura ideal do pasto: o segredo do manejo eficiente
O professor destacou que a altura do pasto é uma forma prática de traduzir a estrutura ideal para o animal, considerando a proporção de folhas verdes, colmos e material morto.
A abordagem, explicou Carvalho, deve priorizar o comportamento e as necessidades do animal, em vez de focar exclusivamente no crescimento da planta.
“A máxima eficiência no pastejo depende de termos a altura certa, ajustada para cada tipo de pasto, para que os bovinos colham o alimento de forma eficiente”, afirmou.
Equívocos no manejo: foco no que realmente importa
Carvalho ressaltou que muitos pecuaristas acabam dando atenção excessiva a aspectos secundários, como a divisão de piquetes, e negligenciam o manejo estrutural do pasto.
“Não é a divisão que dá ganho de peso, é a estrutura do pasto”, frisou.
O professor destacou que, embora as divisões possam ser ferramentas úteis, o manejo correto da estrutura deve ser a prioridade para garantir resultados consistentes.
Pastejo rotativo: um olhar voltado ao animal
Uma estratégia recomendada por Carvalho é o pastejo rotativo, que se baseia no comportamento natural dos animais.
Ele explicou que esse sistema ajusta a altura de entrada e saída dos bovinos nos piquetes, promovendo uma colheita mais eficiente do capim e evitando o desgaste excessivo da pastagem.
“Ao perguntar ao animal o que ele quer, percebemos que ele prefere baixa intensidade e alta frequência de pastejo, o que muda completamente o conceito tradicional de manejo”, disse o professor.
Aproveitamento máximo do pasto
De acordo com Carvalho, o pasto ainda é subutilizado em muitos sistemas de produção, o que limita o potencial de retorno financeiro para os pecuaristas.
Ele enfatizou que o segredo para resultados melhores não está em suplementos caros, mas na exploração plena do equilíbrio entre o pasto e o animal.
“O barato é o pasto, e ele precisa ser usado ao máximo para entregar tudo o que pode em termos de ganho de peso e produção”, concluiu.
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