A samambaia pode representar um grave perigo para o rebanho bovino. A pecuarista Jaquelina de Fátima Borges, de Lebon Régis, em Santa Catarina, relatou ao quadro “Giro do Boi Responde”, desta terça-feira, 17 de dezembro, que encontrou um bezerro com diarreia intensa e sangramento nasal. Assista ao vídeo abaixo e confira as recomendações.
A propriedade possui grande presença de samambaia no pasto, o que levantou a suspeita de intoxicação. Assista ao vídeo abaixo e saiba como identificar e prevenir esse problema.
Intoxicação por samambaia: riscos e sintomas
Segundo o médico-veterinário Guilherme Vieira, consultor do programa, a samambaia é uma das plantas mais perigosas nos pastos brasileiros.
Toda a planta é tóxica – folhas, brotos e raízes – especialmente em áreas com solo ácido, pastagens degradadas e durante a seca ou início da primavera.
Quando ingerida por animais famintos, libera substâncias nocivas no organismo, acumulando-se no fígado e causando danos severos, como hemorragias, anorexia, e até morte súbita.
Os principais sintomas incluem diarreia com sangue, dificuldade de coagulação (devido à baixa produção de plaquetas), e sinais de intoxicação progressiva, como apatia e hemorragias.
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Prevenção: a melhor solução para salvar a bezerrada
Vieira destaca que não há um tratamento eficaz para intoxicação por samambaia avançada. Quando os sintomas são detectados a tempo, pode-se recorrer a soroterapia e medicamentos anti-hemorrágicos.
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No entanto, a verdadeira solução está na prevenção:
- Remova os animais do pasto contaminado. Transferir o rebanho para áreas livres de samambaia é essencial.
- Recupere as pastagens. A correção do solo com calcário e adubação impede o crescimento da planta, enquanto a aração elimina as raízes profundas da samambaia.
- Evite queimadas e roçagem superficiais. Essas práticas incentivam o rebrote vigoroso da planta, atraindo ainda mais os animais.
O impacto na produção
A intoxicação por samambaia não só compromete a saúde do rebanho, como também pode afetar a comercialização. Animais contaminados frequentemente apresentam lesões internas e carcinomas que podem levar à rejeição das carcaças pelos frigoríficos.
A dica final do especialista é: invista na qualidade do solo e na recuperação das pastagens. Pastos vigorosos são a melhor barreira contra ervas daninhas e intoxicações.
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