SANIDADE ANIMAL

Novo aliado na luta contra os parasitas em bovinos

Novo antiparasitário lançado pela Zoetis, Valcor possui duplo mecanismo de ação que assegura 95% de eficácia, segundo estudos feitos com diversas categorias, raças e desafios

Novo aliado na luta contra os parasitas em bovinos
Novo aliado na luta contra os parasitas em bovinos

A Zoetis, líder mundial em saúde animal, lança o Valor, endectocida indicado para o tratamento de parasitas gastrointestinais e na prevenção de bicheiras e bernes em bovinos acima de três meses, única formulação do mercado à base de Doramectina e Cloridrato de Levamisol que possui duplo mecanismo de ação, associando princípios que atuam em sítios diferente dos parasitos, gerando uma eficácia de 95%.

Os estudos feitos para o desenvolvimento do produto na Austrália, Nova Zelândia, EUA e Brasil, em diversas categorias, raças e desafios, constataram resultados seguros e desempenho superior às ivermectinas.

Ele é recomendado para o tratamento de bovinos infectados pelos parasitas gastrointestinais, Haemonchus placei, Cooperia punctata, Cooperia pectinata, Trichostrongylus axei e Oesophagostomum radiatum.

Em termos de eficácia, o médico-veterinário Elio Moro, gerente técnico da Zoetis, afirma que “Valcor combina diferentes princípios ativos anti-helmínticos que, juntos, conferem alta eficácia no combate aos parasitas que desenvolveram resistência aos tratamentos convencionais. Se o parasita não morrer pela Doramectina, morre pelo Cloridrato de Levamisol. Com a capacidade de atingir principalmente os parasitas resistentes à Ivermectina.” 

Janaina Giordani, gerente de produto da linha de antiparasitários, diz que o lançamento de Valcor, traz uma inovação essencial para minimizar a resistência anti-helmíntica na pecuária.

“Com sua formulação única, oferecemos aos pecuaristas uma solução eficaz contra parasitas resistentes, melhorando a saúde e o desempenho do rebanho. Valcor é um avanço significativo para enfrentar um dos grandes desafios do setor e garantir mais produtividade no campo.”

Os parasitos prejudicam de forma inquestionável a produtividade e a lucratividade das fazendas. Nas condições do Brasil central, estima-se que animais infectados por parasitas apresentam desempenho de 30 a 70 kg/ano inferior ao dos animais livres de infecções (Zocoller et al. 1995/Bianchin, 1996).

De acordo com estudos feitos no Brasil e em outros países, bovinos de corte na fase da recria podem deixar de ganhar de 11 a 24 quilos quando tratados com vermífugos com eficácia abaixo de 80%.

“O interessante nesses estudos é que os animais não tratados (grupo controle) ou tratados com vermífugos ineficazes continuam ganhando peso, mas abaixo dos grupos tratados com vermífugos eficazes”, explica o médico-veterinário e professor Fernando Almeida Borges, docente da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS).

Resistência anti-helmíntica se acentua

Durante o XXII Congresso de Parasitologia Veterinária, que está sendo realizado em Pirenópolis (GO), Ricardo Soutello, professor da Unesp de Dracena, no Departamento de Produção Animal e líder do grupo de pesquisa do CNPQ em pesquisa em parasitologia animal, apresentou estudo que revela o aumento da resistência anti-helmíntica dos bovinos à Ivermectina.

O pesquisador contou que em 2007, estudo feito em 25 propriedades na região noroeste do estado de São Paulo já mostrava que apenas duas não apresentavam resistência à Ivermectina. No trabalho recente, foram 27 propriedades avaliadas por 18 meses e todas revelaram resistência à Ivermectina.

“O percentual de redução não passa de 40%, o quadro se agravou muito. Hoje já são relatados casos de animais vindo a óbito por sintomas de helmintíase”, alertou Soutello.

A resistência ocorre quando os parasitas gastrointestinais, vermes, carrapatos e moscas, desenvolvem meios de sobreviver ao tratamento com os medicamentos antiparasitários que antes eram eficazes.

O que pode ser feito

As causas para essa resistência estão ligadas às condições inadequadas de uso. O professor Soutello recomenda que as aplicações sejam feitas com prévia orientação técnica.

“É necessário realizar monitoramento permanente para observar sinais de resistência, como ganho de peso e índices na reprodução. Se necessário, deve-se mudar o medicamento, é importante usar a dose recomendada, conforme o peso do animal. Também é preciso adotar formas integradas de controle dos helmintos, otimizando a utilização dos medicamentos, além de verificar mecanismos de ação da classe do produto. Também deve-se tratar apenas as categorias de animais que realmente necessitam de intervenção, com base em critérios como a carga parasitária e o estado de saúde e época do ano, em vez de aplicar tratamentos em todo o rebanho indiscriminadamente”, recomenda o especialista.

Ainda de acordo com dados apresentados pelo professor, animais tratados com anti-helmínticos eficazes, com a correta orientação técnica, ganham cerca de 31,4 kg a mais que aqueles tratados com anti-helmínticos ineficazes, o que representa 1 arroba a mais por animal/ano. 

Sobre a Zoetis

Como empresa líder mundial em saúde animal, a Zoetis é movida por um propósito singular: fortalecer o mundo e a humanidade por meio do avanço no cuidado com os animais.

Depois de inovar maneiras de prever, prevenir, detectar e tratar doenças animais por mais de 70 anos, a Zoetis continua apoiando aqueles que criam e cuidam de animais em todo o mundo – de veterinários e donos de animais a criadores de gado e pecuaristas.

O portfólio líder e o portfólio de medicamentos, vacinas, diagnósticos e tecnologias da empresa fazem a diferença em mais de 100 países. Uma empresa da Fortune 500, a Zoetis gerou uma receita de US$ 8,54 bilhões em 2023, com aproximadamente 13.800 funcionários.