Palha de coco babaçu triturada? Saiba se volumoso sustenta tanto Nelore quanto o Angus

A dúvida sobre o uso da palha de coco babaçu triturada para alimentar gado Nelore e Angus foi respondida pelo doutor em produção animal Joaquim Bezerra Costa, pesquisador e chefe adjunto de pesquisa e desenvolvimento da Embrapa Cocais, localizada em São Luís, Maranhão. Assista ao vídeo abaixo e confira as recomendações detalhadas.

A questão foi levantada por Eldo Fonseca, de Bom Jesus, Piauí, no quadro “Giro do Boi Responde” desta segunda-feira, 2 de dezembro, no programa Giro do Boi.

O que diz a ciência sobre a palha de coco babaçu

De acordo com Joaquim Bezerra Costa, a utilização da palha de coco babaçu triturada como alimento para bovinos não é recomendada na maioria dos casos.

O motivo principal está na composição bromatológica da palha, que apresenta alta quantidade de fibra com elevado teor de lignina.

Esses fatores tornam o volumoso de baixa digestibilidade, ou seja, os animais conseguem aproveitar apenas uma pequena parte dos nutrientes ingeridos.

Estudos realizados por professores da Universidade Federal do Piauí indicam que a degradabilidade da palha de babaçu, mesmo após tratamentos químicos para melhorar a digestibilidade, é de apenas 30% a 35%.

Isso significa que, ao consumir 1 kg do material, o animal aproveitaria apenas 300 g a 350 g em forma de nutrientes. Tal resultado se aproxima de outras fontes fibrosas de baixo valor nutricional, como a bagana de carnaúba.

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Situações de uso emergencial da palha de coco babaçu triturada

Apesar das limitações, a palha de coco babaçu triturada pode ser considerada em situações extremas, como períodos de seca severa e escassez de alimentos.