SANIDADE ANIMAL

Verminose no gado: investimento é insignificante pelo retorno obtido

O médico-veterinário Paulo Ricardo Rodrigues de Oliveira explicou como um controle estratégico pode trazer grandes benefícios à produção pecuária

Verminose no gado: investimento é insignificante pelo retorno obtido
Verminose no gado: investimento é insignificante pelo retorno obtido

A verminose é um dos maiores desafios enfrentados pelos pecuaristas brasileiros, mas o custo para controlá-la é muito menor do que os prejuízos causados pela sua negligência. Assista ao vídeo abaixo e confira os detalhes.

Em uma entrevista exclusiva, o médico-veterinário Paulo Ricardo Rodrigues de Oliveira, supervisor de distribuição da Boehringer Ingelheim para o Paraná e representante da Plantar Vet, explicou como um controle estratégico pode trazer grandes benefícios à produção pecuária.

Falando diretamente de Cascavel, no oeste paranaense, ele destacou que muitos pecuaristas estão enfrentando infestações recordes em seus rebanhos e solicitando ajuda para resolver o problema.

Entendendo o problema da verminose no gado

Médico-veterinário fazendo avaliação do gado na fazenda. Foto: Canva
Médico-veterinário fazendo avaliação do gado na fazenda. Foto: Canva

Segundo Oliveira, as verminoses são causadas por endoparasitas que afetam diretamente a saúde e o desempenho do gado.

Diferentemente dos ectoparasitas, como carrapatos, os endoparasitas são mais difíceis de detectar, e seus efeitos já se manifestam de forma severa quando notados.

“Quando o produtor percebe a infestação, muitas vezes é tarde demais. O verme já consumiu grande parte dos nutrientes que deveriam nutrir o animal”, explicou.

A infestação pode ser agravada por fatores como alta densidade de animais, confinamento, umidade, tipo de pastagem e manejo inadequado.

Apenas 5% dos parasitos estão dentro do animal; os outros 95% estão no ambiente. Por isso, o manejo do pasto e a adoção de protocolos sanitários são fundamentais.

Protocolos de controle contra os parasitos no gado

Peões na lida com o gado na área de tronco no curral. Foto: Reprodução
Peões na lida com o gado na área de tronco no curral. Foto: Reprodução

Para um controle eficaz, é necessário considerar a idade, a raça, o estado nutricional e o grau de sangue do rebanho, além das condições ambientais.

Oliveira destacou que alguns medicamentos são restritos para animais com menos de 120 dias de idade, e que a seleção da molécula antiparasitária deve ser feita com base nas características específicas da propriedade.

“O protocolo de controle parasitário deve ser elaborado com o acompanhamento de um médico-veterinário qualificado, considerando a topografia, o tipo de pastagem e a pluviosidade”, afirmou.

Verminoses associadas a áreas de alta umidade

Detalhe de figado bovino com vermes Fasciola hepatica. Foto: Divulgação/Boehringer Ingelheim
Detalhe de figado bovino com vermes Fasciola hepatica. Foto: Divulgação/Boehringer Ingelheim

Outro ponto relevante é a prevenção de verminoses associadas a áreas de alta umidade, como a fasciolose, conhecida como “baratinha do fígado”.

Essa condição, que antes era restrita a regiões específicas, como o sul do Brasil, hoje está disseminada em todo o País.

Oliveira enfatizou a importância de utilizar produtos apropriados para cada tipo de verminose, incluindo tecnologias da Boehringer Ingelheim que atuam diretamente no combate a parasitas resistentes.

Benefícios econômicos do controle parasitário

Os prejuízos causados pela verminose no Brasil somam bilhões de reais anualmente, afetando tanto a produção de carne quanto a de leite.

“Um manejo preventivo, aliado a tratamentos regulares, reduz significativamente esses impactos. O custo do controle é extremamente acessível em comparação aos benefícios, como maior ganho de peso e melhoria na qualidade do produto final”, afirmou Oliveira.

A recomendação é que os pecuaristas busquem orientação veterinária para elaborar um programa de controle estratégico, garantindo assim a saúde do rebanho e a rentabilidade da propriedade.

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