A pergunta veio de Santana, no oeste do estado da Bahia. O pecuarista José Vicente Junior disse que está começando uma criação de gado anelorado e quer apurar a genética do rebanho. Então ele pediu dicas para não errar na hora da escolha de matrizes e touros para o acasalamento.
A tarefa coube ao zootecnista e gerente de fomento de programas de melhoramento genético da ABCZ, Ricardo Abreu, em participação no quadro Giro do Boi Responde.
“O primeiro passo é você conhecer o seu rebanho. E você só vai começar a conhecer o seu rebanho quando você começar a medir. E para medir, as suas fêmeas tem que ser identificadas, você tem que fazer um controle zootécnico desses animais, isto é, colocá-las em reprodução e medir aquelas que emprenham primeiro. Depois, obviamente, fazer as avaliações no nascimento, na desmama dos produtos, coletar peso e circunferência escrotal dos machos ao ano e peso das fêmeas. E também no sobreano, isto é, aquelas mensurações de 15 a 18 meses de idade”, sugeriu Abreu.
“Através dessas informações zootécnicas é que você vai conhecer e identificar aquelas fêmeas que emprenham mais cedo na estação, que vão produzir os bezerros do cedo, que são os mais pesados. E também vai conhecer aquelas ‘fêmeas egoístas’, que não transmitem a sua capacidade de produzir carne para as suas progênies. Estas têm que ser descartadas. Melhoramento genético se faz com descarte. E para você descartar, você tem que conhecer o seu rebanho porque todo rebanho tem cabeceira, médio e fundo”, completou.
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