O Consumo Alimentar Residual (CAR) tem se tornado uma ferramenta essencial na identificação de touros que elevam a eficiência produtiva na pecuária brasileira. Assista ao vídeo abaixo e confira os detalhes desta história.
Nos programas modernos de seleção, como destacam Leonardo Souza, sócio-diretor do Qualitas Melhoramento Genético, e Matheus Vargas, supervisor da Central Bela Vista, a prova de eficiência alimentar se destaca como um pilar na busca pela genética realmente melhoradora.
A importância do CAR na seleção genética
O CAR é um indicador que mensura a quantidade de matéria seca ingerida por um animal em relação ao ganho de peso real que ele apresenta.
Um CAR negativo indica que o animal consome menos alimento do que o esperado enquanto mantém ou supera o ganho de peso desejado, tornando-o extremamente valioso para produtores que buscam reduzir custos e aumentar a produtividade. Isso é contrastante com um CAR positivo, onde o animal consome mais do que ganha em massa.
Testes de eficiência alimentar: como funcionam?
Em um processo rigoroso dentro dos programas de seleção, animais passam por avaliações individuais onde são observados diariamente através de sistemas eletrônicos que monitoram o consumo e o ganho de peso.
Este processo conta com um período inicial de adaptação seguido por aproximadamente 56 dias de testes, durante os quais dados precisos são coletados. Essa análise contínua permite identificar quais animais possuem as melhores características de conversão alimentar.
Os touros que se destacam nesses testes consomem menos matéria seca que seus pares, mas ganham mais peso, destacando-se como reprodutores eficientes. Esse foco em eficiência não apenas melhora a viabilidade econômica dos rebanhos, mas também contribui para práticas mais sustentáveis ao exigir menos recursos para a mesma produção de carne.
O avanço da genética zebuína e suas aplicações
A adoção de touros com CAR negativo potencializa a herdabilidade dessa eficiência alimentar para a próxima geração, estendendo os benefícios também às fêmeas.
Em sistemas de produção intensiva, como confinamentos, essa genética faz uma diferença notável, garantindo maior retorno sobre o investimento e uma pegada ambiental reduzida.
À medida que a pecuária brasileira avança, a identificação e uso de animais com CAR negativo tornam-se vitais para manter a competitividade global. A eficiência alimentar, portanto, é não apenas uma meta econômica, mas um passo crítico em direção a uma pecuária mais sustentável e próspera.
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