Sal mineral ureado: alternativa para adubação de pastagens em Mato Grosso?

No quadro “Giro do Boi Responde” desta quarta-feira, o engenheiro agrônomo Március Gracco, da Intensifique Consultoria Agropecuária, respondeu a uma pergunta de Juarez Dias, de Mundo Novo, Mato Grosso, sobre a viabilidade de usar sal mineral misturado com ureia como adubo para pastagens. Assista ao vídeo abaixo e confira as recomendações completas.

Juarez, enfrentando o término da validade do produto adquirido para suplementar o gado na seca, considerou aplicá-lo nos pastos como forma de adubação. Contudo, Március Gracco aconselhou contra essa prática, destacando os potenciais riscos e ineficácias.

Motivos para evitar o uso de sal mineral ureado na adubação

Primeiro, Gracco apontou que a concentração de ureia no sal mineral é tipicamente muito baixa, variando entre 5% a 8%. Essa quantidade é insuficiente para fornecer o nitrogênio necessário para fazer qualquer diferença na saúde ou produtividade das pastagens.

Além disso, o uso deste produto poderia causar salinização, dada a alta presença de cloreto de sódio (NaCl) no sal mineral.

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O sódio em excesso é tóxico para plantas e pode levar à improdutividade do solo, causando problemas ambientais graves e de manejo que muitas vezes são vistos em áreas irrigadas e mal geridas.

Considerações para uma adubação eficaz

Gracco ainda destacou que adubações com produtos nitrogenados devem ser cuidadosamente calculadas e aplicadas segundo recomendações específicas que variam de 30 kg a 300 kg de nitrogênio por hectare, dependendo do tipo de pastagem e suas necessidades.