A janela de oportunidade para o pecuarista aproveitar ao máximo o potencial de suas pastagens ao longo do período mais produtivo do ano, a estação chuvosa, acabou de abrir, conforme destacou ao Giro do Boi desta terça, 27, o engenheiro agrônomo Luiz Eduardo de Lima Basso.
“A gente tem que fazer um planejamento mais cedo e conforme esse gráfico (veja acima) que a gente está observando, a gente tem uma sazonalidade de produção muito alta de novembro até março. Então a gente precisa explorar o máximo do potencial produtivo da forragem nesse período. Imaginem os senhores pecuaristas com algum pasto infestado nesse que é o melhor período do ano para se produzir arrobas! Então é extremamente estratégico fazer o combate quanto mais cedo possível, esse é o grande segredo. Você otimiza dosagem, otimiza produto e tem uma resposta muito melhor da planta forrageira. E, consequentemente, produz mais arrobas por hectare, tem mais rentabilidade e mais sustentabilidade no negócio”, disse o especialista da Luiz Eduardo Basso & CIA e LB Representação, que também é representante comercial da linha de pastagem da Corteva Agriscience.
Luiz informou que as chuvas chegaram à região ao final da semana passada e carregam consigo, além do potencial produtivo das pastagens, o período para o melhor desenvolvimento das plantas daninhas, um desafio expressivo para o Bioma Amazônico.
“A gente tem a malva-carrapicho, que o pessoal também chama de carrapicheira ou malva-roxa. Essa é uma das principais plantas, infesta tanto áreas de reforma como áreas já mais antigas. A gente tem uma outra planta daninha bastante importante e que a dificuldade de controle já é um pouco maior, que é o cipó-mucunã, que tem bastante na nossa região, aqui no Norte, no Bioma Amazônico. Aqui a gente tem uma vasta gama de plantas invasoras porque está neste bioma, então a gente tem que estar antenado neste ponto para garantir a sustentabilidade do negócio”, alertou. O agrônomo também pediu cuidado dos produtores com as pragas. “Além das plantas daninhas, a gente tem problema muito grave de lagarta, cigarrinha, pulga saltona”, frisou.
Conforme avaliou Basso, o controle das plantas daninhas assegura a sustentabilidade dos sistemas de produção da pecuária. “Aqui na região já é bem disseminada a questão da tecnologia de controle químico. Realmente não é sustentável tocar o negócio sem a utilização desta ferramenta. O pessoal tem consciência disso e aqui a gente faz uma pecuária muito forte e muito promissora”, disse o agrônomo, que atua no sul do estado do Pará.
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Confira a entrevista completa com o engenheiro agrônomo Luiz Eduardo de Lima Basso na vídeo a seguir: