Em entrevista concedida ao Giro do Boi desta terça, 21, o engenheiro agrônomo da empresa Agronomia Consult Marcelo Rodrigues Leão, representante comercial da Linha de Pastagem da Corteva, detalhou o calendário de aplicação de herbicidas para que região que vai do centro até o nordeste do estado da Bahia .
O calendário se difere da safra do Brasil Central, em que as chuvas geralmente começam entre setembro e outubro. Veja pelo gráfico abaixo:
“Esse gráfico mostra justamente como é diferente a nossa safra em relação ao resto do Brasil, mas isso vale só da metade da Bahia para o nordeste. A parte sul da Bahia ainda é a safra Brasil. Repare que começa a chover a partir do final de março ou abril, é quando você tem a maior produção do seu pasto, e o ideal é que você faça aplicação justamente no início das águas. Por que isso? Você vai ver que neste quadrado maior é a fase que você tem uma maior produção de capim, então é nesta fase, você aplicando um pouquinho antes, que consegue aproveitar mais esta produção do seu pasto. Então repare que quando você aplica no mês de maio, você consegue elevar a sua produtividade, produzindo bem mais em relação a um pasto que você não faz nenhum tipo de manejo”, explicou o agrônomo.
O calendário, segundo Leão, serve para as aplicações de herbicidas de aplicação via foliar, como os da linha XT e os recém-lançados defensivos da linha Ultra-S. “A Ultra-S é uma outra linha de herbicida que veio, mais uma vez, para revolucionar o mercado. Você vai transportar menos embalagem, é menos quilômetros rodados, ou seja, é um produto sustentável também. Onde você utilizava quatro litros por hectare, com esta nova tecnologia você vai usar dois litros por hectare. E outra coisa, com resultado ainda melhor na sidas, nas malvas e nas guanxumas”, apontou Leão.
O profissional relatou que já há diversos produtores interessados nas tecnologias da Plataforma-S, lançada na última semana. “Já temos contatos de diversos pecuaristas muito interessados na Plataforma S, que são ações que visam aumentar a sustentabilidade da propriedade, do pecuarista e também da comunidade em volta desta propriedade”, celebrou.
Em sua entrevista ao programa, Leão exibiu exemplos de antes e depois da aplicação dos defensivos Ultra-S em pastagens. Segundo o especialista, conforme a infestação no piquete, a tecnologia pode dobrar a produção de massa forrageira, o que pode viabilizar até o dobro de lotação. “A praga aí é a malva-branca, uma malva seríssima lá na região, acaba realmente com a produtividade das fazendas e a gente conseguiu esse aumento de 50% da produção de matéria verde e muitas vezes isso leva a você dobrar a capacidade de suporte do seu pasto”, projetou.
O agrônomo também comentou que nos meses de entressafra, é possível o pecuarista fazer o controle de plantas daninhas por aplicação via toco ou basal.
Veja a entrevista completa de Marcelo Leão ao Giro do Boi desta terça, 21: