Na previsão do tempo desta sexta-feira, 26, o doutor em meteorologia Marcelo Schneider, coordenador regional do Inmet, órgão vinculado ao Mapa, emitiu alerta para produtores do norte do Paraná, centro-sul de São Paulo e sul do Mato Grosso do Sul para chuvas fortes entre esta sexta e sábado.
“Tempo nos próximos dias, entre sexta e sábado, principalmente final do dia, a gente tem um aviso de chuva muito forte norte do Paraná, amigos agricultores. Também no sul de São Paulo, Grande São Paulo, região central do estado, sul do Mato Grosso do Sul. Estas áreas terão chuvas e observem a divisão, uma espécie de barreira, mais ao norte na região Central do Brasil fica quente e seco. Ao Sul, mais frio com o ar agora já mais seco, de origem polar, e temperaturas bem baixas”, disse Schneider. O temporal em alguns destes locais, segundo o meteorologista, pode chegar aos 80 mm. Além desta faixa, Schneider completou que também são esperadas precipitações no Extremo-Norte do País.
O especialista respondeu pergunta do telespectador Adaílton Carvalho, do município de Mari, no estado da Paraíba, que perguntou sobre a incidência de chuvas em sua região. “Eles estão na época chuvosa. (O município) fica meio caminho entre Campina Grande e João Pessoa. Vai ter chuvas isoladas nos próximos dias, com intensidades isoladas. A boa notícia é que, pelo menos em função do Oceano Atlântico aquecido, aquela região tem um clima propício para as chuvas acontecerem”, detalhou.
Schneider reuniu informações ainda sobre ocorrência de geadas nos próximos dias, que podem acontecer devido a um novo pulso de massar de ar polar. “Esta sexta-feira, também no sábado e no domingo, as geadas variando de fraca a moderada intensidade, não devem atingir as principais regiões agrícolas do País, mas entre Rio Grande do Sul e Santa Catarina, sim. As áreas em amarelo significam geada moderada, principalmente nas Serras, o que é tradicional, e Campanha Gaúcha em direção ao Uruguai”, apontou.
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O meteorologista respondeu ainda pergunta do telespectador Gilder Saldanha sobre um tipo de nuvem diferente daqueles que está acostumado – a nuvem de gafanhotos. Segundo Schneider, o fenômeno não é novo, tem registro desde os anos 1940, e o calor forte e estiagem no norte do Paraguai favoreceram o desequilíbrio neste momento. Marcelo recomendou acesso ao site do Mapa, que junto a autoridades da Argentina monitora e mapeia o movimento da nuvem de gafanhotos.
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Imagem: Reprodução / Inmet