Nesta quinta, 02, em edição do quadro Zadra Responde, o pecuarista Ezequiel, que tem fazenda em Lapa, na região metropolitana de Curitiba, no Paraná, enviou a seguinte pergunta:
“Zadra, tenho matrizes Charolês x Nelore. Crio Charolês aqui em Lapa, no Paraná e também já tenho matrizes Nelore x Charolês. O melhor seria utilizar qual raça sobre esta Charolês x Nelore para eu produzir bezerros pesados, que é o meu objetivo? E sobre as Charolês, estou certo em utilizar Nelore?”.
O zootecnista Alexandre Zadra, autor do blog “Crossbreeding” e supervisor regional comercial da Genex para os estados do Acre, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Rondônia, respondeu à questão:
“Aí em Lapa, você criando Charolês, apesar do calor no verão, no inverno são animais que vão muito bem aí. Seu primeiro cruzamento com Nelore vem a calhar porque você joga um pouco de animal tropical em cima da sua charolesa para vocês aproveitar esta fêmea F1 aí na sua casa. Excelente, parabéns! Este primeiro passo está correto: usar um zebuíno sobre a sua Charolês. Uma outra opção, você poderia estar usando um bimestiço sobre a sua charolesa, tipo um Brangus, um Braford, para fazer um animal que tem um pouco mais de adaptação, mas também vai bem no inverno”, indicou o especialista.
O zootecnista continuou. “Sobre a sua matriz F1 Charolês x Nelore, da mesma forma, eu recomendo que se use ou Brangus, Braford ou mesmo o Bonsmara que é um animal de metabolismo médio, como os bimestiços. Desta forma, você gerará heterose com estes três grupamentos, […] com uma certa adaptabilidade, fazendo um bezerro adaptado para uma recria a pasto, com um pouquinho de ração, com capricho, mas gerando um animal que tem potencial de ganho de peso espetacular”, concluiu.
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Qual é a sua dúvida sobre cruzamento industrial? Envie para o quadro ‘Zadra Responde” no link do Whatsapp do Giro do Boi, pelo número (11) 9 5637 6922 ou ainda pelo e-mail [email protected].
Veja a resposta completa no vídeo abaixo: