Como deve ser a qualidade da água a ser usada na mistura junto ao herbicida para aplicação nas pastagens? A eficácia do produto pode ficar comprometida caso o pecuarista não preste atenção neste detalhe. A dúvida sobre este manejo foi enviada ao Giro do Boi pelo pecuarista Roger de Paula Ribeiro, do Sítio Recanto do Filezão, que fica no município de Vera, no Mato Grosso.
Quem esclareceu a questão foi o engenheiro agrônomo, pós-graduado em pastagens pela Esalq-USP e consultor do Circuito da Pecuária Wagner Pires, autor do livro “Pastagem Sustentável de A a Z”.
“Chega na hora de ele pegar água na fazenda dele, a água dele não é a adequada e aí dá problema. Então vamos entender um pouquinho a respeito de água para a gente usar na aplicação do herbicida”, convidou o especialista.
“Primeiro, a água tem que ser limpa! Não pode ser água barrenta. A água barrenta tem terra, a terra tem argila e a argila imobiliza algumas partículas do herbicida. E aí a qualidade da aplicação vai cair. Então não vamos trabalhar com água suja, podemos ter também entupimento de bico e isso também pode gerar problema. O ideal é procurar pegar água limpa de um local sem terra e sem material orgânico”, explicou Pires.
“Outro ponto: – o pH da água. A água tem que ser ácida para que eu tenha um bom resultado no herbicida, então não custa a gente olhar estes detalhes da água para a gente ter um bom resultado. […] ‘Ah, mas eu não sei medir o pH da água, eu não sei o resultado’. Aí vem a importância de, na hora de você comprar o herbicida, pedir a visita do técnico do distribuidor”, recomendou.
+ 12 etapas para você se tornar um craque do manejo de pastagens
O produtor também perguntou sobre o prazo de carência para voltar a boiada para o piquete em que o herbicida foi usado para o controle de plantas daninhas. Veja as respostas completas pelo vídeo abaixo: