Com um ajuste relativamente simples em seu sistema de produção, o produtor pode colher três mudanças positivas e importantes para o seu rebanho de gado de corte. Em reportagem da série Embrapa em Ação gravada na unidade Pecuária Sudeste, em São Carlos-SP, a analista de transferência de tecnologia Lívia Castro, engenheiro agrônoma, falou sobre os benefícios do consórcio entre braquiária e feijão guandu.
“Nós temos aqui plantado a cultivar de feijão guandu BRS Mandarim, então nesta área o feijão guandu, por ser uma leguminosa, vai também fixar nitrogênio no solo havendo esta melhoria de fertilidade. Quando em consórcio com braquiária, tem uma recuperação desta pastagem, então para áreas degradadas também é uma tecnologia muito interessante porque o produtor vai recuperar a área só com a cultivar sem necessidade de adubação nitrogenada. É uma alternativa de recuperação de pastagem”, reforçou a agrônoma, destacando ainda a redução dos custos com a reposição de nitrogênio no solo.
“Esta cultivar também é uma alternativa de alimentação durante o período crítico da seca”, acrescentou Lívia. Na entressafra, segundo a analista, os animais consomem as flores e as vagens de feijão guandu. Experimento conduzido na Embrapa Pecuária Sudeste confirmou que novilhas da raça Canchim criadas neste sistema tiveram ganho de peso médio diário de 700 g, evitando o efeito sanfona típico.
A agrônoma indicou que é recomendável que a cultivar seja plantada no período chuvoso para garantir a germinação e que permaneça no sistema por um período máximo de três anos, podendo ser renovada por roçadas. A partir daí, surge mais um benefício do consórcio. “Essa massa da roçada dele também serve como adubação verde, é aí que tem mais uma melhoria da pastagem”, completou Lívia Castro.
Veja mais recomendações para implantação do consórcio de braquiária com feijão guandu na reportagem a seguir: